“Há uns meses estava castigado e agora estou a festejar uma Taça da Liga”

Nas primeiras declarações após a conquista da Taça da Liga, o treinador do SC Braga recordou a sua curta carreira e o período em que foi suspenso por três meses pela FPF – Federação Portuguesa de Futebol. Mostrando-se “bastante feliz” com o feito alcançado, Rúben Amorim referiu também que o clube deve começar “a viver este tipo de vitórias com naturalidade”.
Para o técnico de 34 anos, o segredo do triunfo esteve na forma como “os atletas souberam entender os diferentes momentos do jogo”. Destaca a entrada da equipa na partida, mas reconhece, no entanto, que o FC Porto acabou por “equilibrar”, posteriormente, o desafio. “Ao intervalo, falamos sobre o que estaria a acontecer para termos uns primeiros 30 minutos muito bons e depois não termos continuado assim. Soubemos depois adaptar-nos ao que o jogo pedia”.
O treinador do SC Braga soma por vitórias os cincos encontros disputados ao serviço do clube minhoto. Alertando que “nada dura para sempre”, Rúben Amorim explica que os resultados facilitaram a sua afirmação. “O principal é olhar para a equipa. A equipa tem uma ideia e os resultados ajudam as pessoas a entender isso. Todos os jogadores sabem o que fazer”.
A táctica que é “como qualquer outra” e a importância de “criar uma exigência de vitória”
Na flash interview, Ricardo Horta, que foi considerado o melhor em campo, referiu que o que mudou com a troca de treinador foi a alteração do sistema táctico para 3x4x3. Sobre essa questão, Rúben Amorim refere que a táctica utilizada é “como qualquer outra”, apesar de ter as suas próprias nuances.
“Temos pouco tempo de trabalho e temos mudado em função das características dos jogadores. É diferente ter André Horta ou Palhinha, pois um dá-nos mais bola e o outro mais recuperações; o mesmo em relação ao Trincão ou Ricardo Horta. Mais do que fazer jogadas ensaiadas, quero que os atletas entendam onde está a possibilidade de ter vantagem. Tudo parece bem, mas temos muito a trabalhar”, explica.
O SC Braga voltou a conquistar a Taça da Liga numa final frente ao FC Porto. Na época 2012/2013, o troféu foi ganho em Coimbra e agora venceu o título em casa. Rúben Amorim salienta a importância de “fazer crescer o Braga” e de “criar uma exigência de vitórias”, ressalvando, ainda assim, que o clube tem “limitações” em relação aos crónicos candidatos ao título.
Reconhecendo que este título tem “um sabor especial”, comparando com os outros seis que venceu enquanto jogador – cinco no SL Benfica e um no SC Braga -, lembra o “período difícil” que passou ao serviço do Casa Pia, em que foi suspenso durante três meses. “Há uns meses estava castigado e agora estou a festejar uma Taça da Liga”. Rúben Amorim foi o primeiro treinador a conquistar a Taça da Liga depois de tê-lo feito como jogador.
Sérgio Conceição coloca lugar à disposição
Do lado do FC Porto, Sérgio Conceição falhou a conferência de imprensa, tendo saído do estádio acompanhado por Pinto da Costa. No entanto, na flash-interview, o técnico de 45 anos colocou o lugar “à disposição do presidente” e afirmou que os dragões estão “sem união dentro do clube”.
“Temos de olhar para dentro e com isto estou a dizer que é preciso haver responsabilidade colectiva, a começar por mim e não falo só do grupo de trabalho, mas de toda a gente dentro do clube. É difícil trabalhar em determinadas condições. No primeiro ano, muito difícil, não houve reforços nem havia dinheiro. No segundo ano, com a falta de verdade desportiva que houve… e este ano, sem união, fica difícil”, afirma.
Sobre o jogo, Sérgio Conceição considera que o FC Porto teve “infelicidade”, numa partida que, no seu entender, “podia ter caído para qualquer um dos lados”.
