Há universidades que vão perder apoios do PRR para residências

O ministro da Educação Ciência e Inovação, Fernando Alexandre, antecipa que várias instituições de ensino superior percam financiamento do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) para a reabilitação e construção de residências universitárias devido aos atrasos verificados. Fernando Alexandre falava esta quarta-feira à tarde numa audição na comissão de educação. No total há 510 Milhões de Euros previstos para residências universitárias via PRR. Fernando Alexandre diz que o governo “está a acompanhar uma a uma”, mas há problemas a diferentes níveis, e atrasos relacionados com a construção que mostram que “há instituições que claramente vão perder o investimento”. “Estamos bastante preocupados, mesmo”, disse.


Fernando Alexandre reconhece que esta movimentação das universidades e politécnicos em torno de mais alojamento estudantil “é muito importante”, ainda que surja “tardiamente”. “Nunca foi um investimento das universidades porque não era uma prioridade”, explica.


O governante disse ainda que a prioridade é executar os projetos com financiamento garantido.


Atualmente, no país, há quinze mil camas em residências universitárias, enquanto que com as novas residências previstas o número aproximado será de mais onze mil camas.


Ministro defende criação de comunidades universitárias através das residências

O Ministro da Educação, Ciência e Inovação assinala que em Portugal nunca existiu a tradição do espírito de comunidade em residências, algo que é preciso mudar, dando o exemplo de outras universidades europeias, nomeadamente países “onde a frequência do primeiro ano é obrigatória em residência”. “Estamos a transformar as instituições de ensino superior ao alargamos o acesso a residências. Isto resolve problemas de saúde mental, de insucesso, de integração na instituição e não temos essa tradição em Portugal”, analisa.

Fernando Alexandre deu o exemplo da Universidade do Minho, onde leciona e investiga enquanto instituição que “até há poucos anos tinha muitos quartos em residência que não eram ocupados”. Com esta transformação de paradigma, o ministro acredita que “vai ser importante para a criação de comunidades universitárias” no país.


Os atrasos no arranque de vários projetos de residências em universidades e politécnicos vão implicar perda de apoios do PRR nalgumas situações. Ao que a RUM apurou, nenhum dos casos está relacionado com a UMinho.

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Elsa Moura
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