“Há sinais” de que a variante inglesa do coronavírus possa ser mais mortífera

Avariante inglesa mais contagiosa do coronavírus também parece estar ligada a uma mortalidade mais elevada, disse esta sexta-feira o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson.
“Agora também parece que há sinais de que a nova variante, aquela que foi identificada pela primeira vez em Londres, e no sudeste (de Inglaterra), pode estar ligada a um grau mais alto de mortalidade”, avançou, durante uma conferência de imprensa na residência oficial em Downing Street.
O principal assessor científico do Governo, Patrick Vallance, disse que a informação “ainda não é conclusiva”, mas existem sinais de que a nova variante cause a morte de 1,3%-1,4% dos infetados com cerca de 60 anos, contra uma média de 1% da variante anterior, sendo o agravamento semelhante nos outros grupos etários.
“Ainda existe muita incerteza sobre estes números e precisamos de mais trabalho para torná-los mais precisos, mas existe uma preocupação que exista um aumento na mortalidade bem como na transmissão”, acrescentou.
Por outro lado, vincou que as vacinas atuais a ser administradas no país, a Pfizer/BioNTech e Oxford/AstraZeneca serão eficazes contra esta variante, identificada no sul de Inglaterra em dezembro.
Das três variantes mais recentes do SARS-CoV-2 que causam preocupação às autoridades britânicas, identificadas respetivamente em Inglaterra, África do Sul e Brasil, a inglesa é aquela predominante no Reino Unido, estimando-se que seja entre 30 e 70% mais contagiosa.
Lusa
