“Há muitas portas por abrir no que toca à inclusão de crianças com necessidades específicas”

O Hospital de Braga acolheu, esta sexta-feira, o seminário comemorativo do 10.º aniversário do Grupo de Partilha de Mães/Cuidadores de Crianças com Necessidades Especiais. Criado em abril de 2013, o grupo surgiu no seio do Serviço de Medicina Física e de Reabilitação do Hospital de Braga com o objetivo de promover a discussão sobre a inclusão destas crianças e jovens e a partilha de boas práticas entre os profissionais de saúde e os cuidadores.

 

No seminário, que contou com diversos oradores e painéis, Paula Araújo, mãe de Afonso, um menino com deficiência, e uma das dinamizadoras da iniciativa, sublinhou o longo caminho que ainda há a percorrer no que toca à inclusão. “Há muitas portas por abrir, a realidade no contexto hospitalar é muito diferente da realidade lá fora”, refere, destacando a importância da colaboração entre os profissionais e os cuidadores. 

Emília Cerqueira, médica fisiatra do Serviço de Medicina Física e de Reabilitação e coordenadora do grupo, enaltece a importância da partilha de boas práticas e experiências. “No grupo, estas famílias conseguem partilhar informações e as suas dificuldades”, refere, acrescentando que tem sido uma iniciativa “muito eficaz”. “É relevante para uniformizar aquilo que achamos que é importante para estas crianças, nomeadamente os tipos de tratamentos. Muitas vezes, no início deste processo, estes pais estão muito perdidos e é preciso esta ajuda para os reencontrar e explicar exatamente aquilo que devem ou não fazer”, afirma.

Por sua vez, Carla Sepúlveda, vereadora da Educação, Inovação e Coesão Social do Município de Braga, destaca o trabalho que tem vindo a ser desenvolvido nos últimos anos e sublinha a importância de ouvir, por parte das famílias, as principais preocupações e desafios para “encontrar melhores soluções”. “Ouvir estas famílias, que estão diariamente com as crianças e os jovens e que trabalham em prol do seu bem-estar, vão com certeza enriquecer o meu conhecimento nesta área e ajudar a pensar em alternativas no âmbito de eventuais apoios para podermos minimizar as diferenças”, considera.

De acordo com a vereadora, o município recebe diversos pedidos de ajuda, nomeadamente na adaptação de residências ou na compra de um equipamento maior, como elevadores ou cadeiras mais específicas. Contudo, afirma que os maiores desafios dizem respeito ao dia-a-dia destas crianças e às perspetivas de futuro”.


De participação gratuita e aberto a todos os interessados, o grupo reúne na terceira quarta-feira de cada mês.

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Catarina Martins
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