Guimarães organiza festival literário Húmus “ao som das palavras”

‘O som das palavras’ é o tema deste ano do Húmus – Festival Literário de Guimarães. A quarta edição do evento realiza-se entre o próximo sábado e o dia 14 de Março.

Os escritores Álvaro Laborinho Lúcio, recentemente honoris causa pela Universidade do Minho, Filipa Melo e Pedro Marques Lopes, os músicos Patrícia Costa, Carlos Tê, Sérgio Godinho, Kátia Guerreiro, Fernando Ribeiro e Pedro Abrunhosa e o humorista Fernando Alvim compõem o cartaz do eventoEntre debates, entrevistas de vida, performances de música e de teatro, são várias as iniciativas a decorrer na Biblioteca Municipal Rául Brandão. 


Durante a semana do festival celebram-se duas datas: no primeiro dia, no sábado, o 28º aniversário do espaço cultural vimaranense e, no dia 12, assinala-se também o 153º aniversário de Raúl Brandão, autor da obra ‘Húmus’, que dá nome ao evento. Para esse dia está preparada uma actividade que se vai realizar fora da biblioteca. 


Às 21h30, no CIAJG – Centro Internacional das Artes José de Guimarães, o evento ‘A minha vida dava um livro’ junta dez personalidades de Guimarães de diferentes áreas de actividade: Ivo Martins, professor Óscar, Miguel Bastos, Sónia Ferreira, Francisca Abreu, Ricardo Batista, Florbela Castro, Rodrigo Areias, Iris Soares e Paula Nogueira. Destacando o tema do festival, a directora da biblioteca explica que o objectivo passa por “aliar a literatura à música e a palavra ao som”. “Uma boa canção tem de ser feita também por palavras”, acrescenta Ivone Gonçalves. 



Festival Húmus leva artistas às escolas de Guimarães


Integrada no Húmus, realiza-se também a ‘Semana Concelhia da Literatura’. Dentro da dinâmica ‘O som das palavras’, a iniciativa consiste na ida da youtuber Mathgurl e dos músicos Paulo Sousa, João Só, Ana Bacalhau, Carlão e Jimmy P. a várias escolas do concelho, numa actividade que vai “envolver mais de 800 alunos do segundo e do terceiro ciclos”, segundo Ivone Gonçalves. “Queremos passar uma mensagem muito importante sobre temas como o bullying, a violência no namoro e a interculturalidade. Por detrás destes projectosz temos sempre um livro, uma música e um músico”, explica.

Ainda na vertente escolar, no âmbito do festival, estão programadas oficinas de escrita criativa, um concurso literário e a iniciativa ‘Spoken Words’, monitorizada por Maze, rapper dos Dealema, junto dos alunos vimaranenses, que já está no terreno.


Segundo Adelina Paula Pinto, vereadora da Cultura, é “importante chegar a um público que é naturalmente mais avesso aos livros através de intermediários”, destacando que o rap é “uma linguagem que entra muito nos jovens”. “Nós, mais adultos, temos um bocado a ideia de que o rap não é para nós e desvalorizamos um bocadinho. No entanto, se tivermos atentos àquilo que o rapper vai dizendo, há muito trabalho feito e também muita leitura e pensamento”.

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Tiago Barquinha
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Sara Pereira
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