Guimarães. Maioria aprova orçamento de mais de 145ME com voto contra do PSD

Reunião de executivo para discutir e votar as grandes opções do plano e orçamento decorreu esta terça-feira.

O executivo municipal de Guimarães aprovou, esta terça-feira, o plano e orçamento do município para 2023 num valor global que ascende os 145Milhões de Euros. A proposta mereceu o voto a favor da maioria socialista e os votos contra da oposição. Os três vereadores sociais democratas não aprovam o plano apresentado pelo executivo liderado por Domingos Bragança. Na reunião de executivo, destacou-se a ausência da representante do CDS-PP.

Os sociais democratas justificam o voto contra com a ausência de medidas prioritárias do PSD e por se tratar de um documento “sem ambição” e que “não olha para as freguesias”. Ricardo Araújo sublinha que os documentos apresentados “traduzem o programa político do PS”, considerando que o desenvolvimento de Guimarães “está estagnado” e que este plano “não traça uma visão de futuro para o concelho ajustada à sua dimensão”.

 Os vereadores do PSD voltaram a frisar a dimensão fiscal para sugerirem uma política fiscal “mais amiga dos cidadãos, das famílias e das empresas”. Por essa razão, apontam que com a previsão de um aumento de receitas fiscais em 10%, o município poderia optar por levar a cabo outras medidas, nomeadamente a redução do IMI e do IRS. A taxa da derrama também foi mencionada pelo social democrata na sua intervenção assim como a sugestão de isenção de IMT “para os jovens até aos 35 anos e para a promoção do investimento empresarial, em áreas específicas de criação de emprego e fixar talento”.


A dimensão das redes viárias também foi mencionada por Ricardo Araújo, com críticas apontadas para as dificuldades que continuam a persistir no acesso a Ronfe, Lordelo e à vila das Caldas das Taipas.


Ricardo Araújo também não poupou nas críticas à maioria a propósito da densidade da ordem de trabalhos desta reunião de executivo, com mais de setenta pontos, algo que impede os vereadores de votar com pleno conhecimento de causa todas as alíneas.

Domingos Bragança discorda e diz que este orçamento é “ambicioso” e olha para o futuro


Domingos Bragança realçou a “revisão profunda” que está a ser feita no Plano Director Municipal, “em que se atende à sustentabilidade ambiental do território, à ampliação das empresas já instaladas no território, à requalificação e crescimento de parques industriais”. “O novo parque industrial sustentável na zona sul do concelho, numa enorme mancha, abrangendo Lordelo, Moreira de Cónegos, Gandarela, Guardizela e Serzedelo, prevê a construção no respeito pelas zonas ecológicas e de reserva agrícola. Estamos a fazê-lo com os empresários e com as juntas de freguesia. Espero que esta primeira fase da parte da Câmara esteja concluída até ao final do ano e depois segue-se um conjunto de reuniões”, detalhou.

Sobre mobilidade e acessibilidade, o autarca socialista deu nota de “propostas ambiciosas de ligação às vilas”, nomeadamente a intervenção na EN 206 que liga Guimarães a Vila Nova de Famalicão que está a ser trabalhada pelos dois municípios, com o reperfilamento da via e a introdução da ciclovia, estando incluída a centralidade de Ronfe.

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Elsa Moura
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Carolina Damas
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