Guimarães: Fecho do centro histórico ao trânsito continua a ser tema quente

O fecho do centro histórico de Guimarães ao trânsito automóvel continua a ser um tema quente principalmente junto dos comerciantes. Na última reunião do executivo municipal, o presidente Domingos Bragança anunciou que pretende avançar com as obras para elevar a quota das estradas ao passeio no primeiro semestre de 2025.
Recorde-se que o objetivo passa por interditar o trânsito automóvel no coração da cidade berço, ou seja, a partir de 2026 a Alameda, Toural e Rua de Santo António só estarão acessíveis por transporte público, a pé ou através de outros meios de transporte suaves.
A Associação de Comercio Tradicional de Guimarães continua a recusar a ideia que, para a presidente Cristina Faria, proprietária da Casa Faria na Rua de Santo António, uma das que irá encerrar ao trânsito, poderá ditar o fecho das lojas dedicadas ao comércio tradicional.
Há dois anos, a Associação entregou um abaixo-assinado com 200 assinaturas. “Vamos aguardar pela apresentação do projeto. Depois vamos reunir e decidir os próximos passos”, refere.
Com rendas a ultrapassar os mil euros por mês, Cristina Faria olha para a pedonalização do centro histórico como mais um desafio para os comerciantes. Para a presidente da Associação de Comercio Tradicional de Guimarães uma das formas de amenizar a situação poderia passar pela instalação de serviços no centro da cidade assim como na criação de pequenos parques de estacionamento em diferentes zonas da cidade.
O presidente está aberto a experiências ao fim-de-semana, algo que chegou a acontecer antes da pandemia, no entanto para o edil é fulcral que exista consensos entre as associações, de modo a apresentar propostas culturais interessantes para os vimaranenses. Ora, para Jerónimo Silva, da Casa Ferreira da Cunha de portas abertas há 52 anos, não será a animação cultural a salvar o comércio tradicional.
“São 16h10 e estão perto de dez pessoas no Toural”, constata. Não temos árvores. Fizeram asneira e agora querem fazer uma ainda maior”, defende.
