Grupo de estudantes da UMinho organiza protesto contra falta de condições das residências

Um grupo de estudantes da Universidade do Minho, incluindo comissões de residentes, lançou um abaixo-assinado e vai organizar uma manifestação. A ação de protesto está marcada para 22 de novembro, às 14h30, junto à Reitoria, em Braga.
Os alunos exigem o cumprimento do Plano Nacional de Alojamento para o Ensino Superior (PNAES), apontando a necessidade de se avançar com as “prometidas residências”, nos edifícios da Fábrica Confiança e da antiga Escola de Santa Luzia, e de melhorar as condições das existentes.
Em declarações à RUM, o porta-voz, Gonçalo Silva, diz que o objetivo é focar a mobilização nas “dificuldades mais prementes sentidas pelos estudantes”, não só nas “grandes insuficiências” sentidas em relação aos equipamentos, mas também nos “valores altíssimos praticados na região, funcionando como uma barreira para a entrada e frequência no Ensino Superior”.
Essa crítica estende-se à Ação Social Escolar, ao lamentar o aumento do preço da senha da cantina, a não atribuição dos complemento de alojamento e de deslocação “a todos os alunos que necessitam”, “o profundo atraso na atribuição de bolsas, bem como a insuficiência do seu número e valor” e “a falta de um passe intermodal integrado com os municípios”.
No entender do estudante de Relações Internacionais, o Governo e a Universidade do Minho têm “chutado para canto”. “Há uma auscultação por parte das entidades e uma vontade expressa de ajudar, mas, quando chega o momento do PNAES sair do papel, a resposta do Governo é zero”, lamenta.
Estas questões foram levadas à última Reunião Geral de Alunos, através de uma moção, que foi reprovada, sobretudo pela direção da Associação Académica da Universidade do Minho. Por considerar que o anterior estava incompleto, a presidente Margarida Isaías optou por apresentar um documento alternativo – algumas das sugestões foram englobadas -, entretanto aprovado, por unanimidade.
Apesar de lamentar a falta de apoio da estrutura estudantil também em relação ao abaixo-assinado, que já foi subscrito por cerca de 350 alunos, e à manifestação, Gonçalo Silva acredita na “união” e numa boa adesão por parte dos alunos.
