Greve encerra escolas. Professores de Braga mantêm “luta pela educação”

A greve dos professores continua a encerrar escolas em Braga. Esta quinta-feira, vários professores concentraram-se à porta da Escola de Lamaçães e de Trigal Santa Maria, em Tadim, onde várias turmas ficaram sem aulas. O jardim de infância de Priscos e a Escola de Fradelos não funcionaram ao primeiro tempo.
Encerradas estarão, todo o dia, a Escola Frei Caetano Brandão, a de Gondizalves, o Centro Escolar da Naia, a EB 2/3 e a Escola Básica de Real, a escola de Frossos, de S. Frutuoso e a Secundária de Maximinos. Encerradas total ou parcialmente estão ainda a Escola de Esporões e Trandeiras. A EB 2/3 de Nogueira só funcionou ao segundo tempo da manhã e a Escola Básica de Gandra esteve encerrada até às 10h00.
À porta da sede do Agrupamento, 98% dos docentes de Tadim aderiram à greve e fizeram uma instalação artística. Jorge Reis, professor na Escola de Trigal Santa Maria, garante que a luta será para continuar, embora não desvende o que está previsto para os próximos dias, porque o obejtivo “é surpreender os encarregados de educação e a direção”. “Não nos querem ouvir e os professores estão a unir-se cada vez mais”, acrescentou.
Angélica Pereira, professora na mesma escola, diz que em causa está uma “luta pela Educação”. Os dois docentes alertam para os problemas estruturais das escolas. Desde logo, aponta a professora, “o maior prejuízo é a condição de quem trabalha sem funcionários, sem técnicos e sem condições nas salas”.
“As escolas estão degradas, o corpo docente está envelhecido”, acrescentou Jorge Reis.
Já Angélica Pereira aponta uma crítica ao Governo: “É preciso investir na educação e isso não é dar computadores aos alunos”. A professora apela à união dos sindicatos que representam a classe. “O facto de haver cada vez mais sindicatos a querer falar a mesma coisa mas cada um por si só divide a classe e isso está a fazer com que não consigamos avançar numa educação de qualidade”, apontou.
