Governo sente “todos os dias no terreno” a vontade da regionalização

A ministra da Coesão Territorial considera que é necessária “uma base política alargada” para avançar com a regionalização. Ana Abrunhosa abordou o assunto, esta sexta-feira, à margem de uma visita ao CITEVE – Centro Tecnológico das Indústrias Têxtil e do Vestuário de Portugal, em Vila Nova de Famalicão.
Para se realizar o referendo, lembra, é “preciso, no mínimo, maioria de dois terços na Assembleia da República”. A governante assinala que o líder do PSD, Luís Montenegro, entendeu que 2024 não seria o ano indicado para usar esse instrumento. “Não se deve fazer uma reforma administrativa tão importante para o país sem termos o principal partido da oposição profundamente envolvido”, acrescenta.
Quanto à vontade do Governo, assume que “quer garantidamente a regionalização”, indo ao encontro do que sente “todos os dias no terreno”, junto dos autarcas. Enquanto a regionalização não avança, o objetivo passa por “robustecer e limar arestas da descentralização”.
“Vamos trabalhando para que os portugueses percebam que, quando a decisão está mais próxima, nós temos melhores serviços públicos, sem que isso implique mais despesa pública. Nós podemos, com o processo de descentralização e de reorganização das CCDR, também ir demonstrando que muitos dos receios que os portugueses têm com a regionalização não vão acontecer”, frisa.
