“Gostava de ter visto missivas de apoio à acção social”

O presidente da Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM) considera “estranha” a tomada de posição do Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior em relação às praxes académicas. Esta segunda-feira, os responsáveis estudantis e dirigentes de instituições de ensino superior e científicas receberam uma carta, via email, assinada pelo governante. No documento Manuel Heitor “repudia” estas acções que defende afectarem “a liberdade e autoestima dos novos alunos”.
Apesar de entender a preocupação, para Rui Oliveira esta não deveria ser a prioridade do Ministro Manuel Heitor.
“Parece-me estranho que das poucas missivas que tenho recebido da parte do Ministério, esta seja uma delas e é para falar sobre a praxe. Gostava de ter recebido missivas de apoio às universidades e às associações académicas para questões como os métodos pedagógicos, acção social ou para o programa do apoio informático. Ajudas necessárias e que, muitas vezes, vimos pouca comunicação da parte do Ministro”, declara.
O responsável assegura que a AAUM está “atenta e empenhada” para que em todas as actividades os estudantes tenham um comportamento “consciente”, de modo a “não contribuir para a propagação do vírus” SARS-COV-2 demonstrando assim que a juventude é responsável.
A uma semana do arranque do novo ano lectivo, continuam a faltar directrizes. Para a AAUM este é o foco principal. “Como vão estar as universidades preparadas para as aulas à distância que requerem equipamentos, meios técnicos e profissionais?”, questiona.
Da UMinho ainda nada se sabe quanto a eventuais praxes no novo ano lectivo. Grupos de praxe ligados às universidades de Porto, Aveiro e Lisboa já anunciaram que a prática está fora de equação no novo ano.
