Gnration celebra 8 anos: “A nossa missão é agora muito mais clara”

Criado em 2012 no âmbito da Braga: Capital Europeia da Juventude e inaugurado oficialmente em 2013, a missão do gnration é hoje “muito mais clara”, reconhece o diretor artístico do espaço cultural bracarense, Luís Fernandes.

O programador do centro criativo de Braga desde 2014 conversou com a RUM a propósito do oitavo aniversário, que se assinala entre sexta-feira e domingo, dias 7 e 9 de maio, e abordou o crescimento do espaço cultural.


“No início, havia alguns fatores que levavam a que não fosse percetível o que era o gnration, desde logo a começar pelo nome que, ao contrário de um teatro, não tem a sua função no nome”, começa por referir, para depois sinalizar um outro entrave, relacionado com “as ações extensas” que ocorriam no gnration, que “desvirtuava a perceção das pessoas sobre o espaço”.


Sublinhando que o equipamento “continua a ser multifuncional”, Luís Fernandes considera que a “missão” do gnration “é agora muito mais clara” afirmando-se como local “único” na cidade e no Norte do país, através de concertos com “artistas que muitas vezes só vêm aqui ou a Lisboa“, no “apoio a artistas da cidade e do país” e na concretização de “muitos projetos especiais”.


O programador realça que a “forma” como o próprio programa é apresentado contribuiu para preencher uma lacuna na cultura regional, e que o conteúdo, no modo como “tenta quebrar barreiras“, é “pedagógico e formativo”, abrindo caminho para uma programação “mais contemporânea, arriscada e desafiante”.


Luís Fernandes lembra que no elemento da formação de públicos, o gnration, através do Circuito, da Braga Media Arts, foi pioneiro “na criação de um serviço educativo estruturado” e que iniciativas como o Trabalho de Casa e o Laboratórios de Verão apoiaram “diretamente a criação artística nacional”.



Aniversário celebra-se entre o presencial e o online

O aniversário do gnration comemora-se ao longo de três dias com um programa híbrido, entre o presencial e o online, que inclui performances filmadas, conversas, documentários e concertos.

Na sexta-feira, está prevista a exibição online (21h00) de um documentário que dará a conhecer mais sobre o projeto expositivo Invasor Abstracto do coletivo OSSO. À mesma hora, na blackbox, o guitarrista Tó Trips apresentará Surdina, filme-concerto em colaboração com o cineasta Rodrigo Areias, num espetáculo já esgotado.

No sábado, durante a manhã, o Circuito promove um workshop e uma visita guiada. Durante a tarde, entre as 15h00 e as 17h00, o coletivo Medusa Unit ativará um conjunto de peças que compõem a exposição com o mesmo nome em vários locais do gnration. O mesmo coletivo, às 18h, apresentará um concerto que é parte integrante do projeto expositivo Invasor Abstracto.

Às 17h00 de sábado, há também lugar para uma conversa presencial, na qual músicos da cidade reúnem-se para uma partilhar experiências sobre a participação no programa de apoio à criação artística local Trabalho da Casa.


No período da noite do dia 8 (21h00), é apresentado online um documentário sobre a identidade gráfica do gnration, criada pela Studio Dobra. 


Mais tarde (22h00), é transmitida online a primeira de quatro performances encomendadas pelo gnration – todas filmadas à porta fechada e em diferentes locais do edifício  e que reúnem artistas com práticas distintas e músicos nacionais. A essa hora os protagonistas serão os bracarenses Ermo (performance) e Jonathan Uliel Saldanha (direção de arte).


No domingo (15h00), há lugar a nova performance, desta vez com João Pais Filipe/Pedro Melo Alves (performance) e Rodrigo Areias (direção de arte). Uma hora depois, o cartaz é ocupado com uma conversa entre a cineasta e artista visual Salomé Lamas e Justin Jaeckle, programador do festival internacional de cinema Doclisboa.

Às 17h00 do dia 9, é transmitida a terceira performance, entre Susana Santos Silva (performance) e Inês D’Orey (direção de arte) e uma hora depois (18h00) o gnration apresenta um documentário sobre a iniciativa Trabalho da

Casa.

O programa do oitavo aniversário encerra às 19h00 com a última performance entre os Gala Drop (performance) e Sara Graça (direção de arte).


Sobre o programa, Luís Fernandes sublinha que é “exigente e extenso” e “envolveu, quase exclusivamente, trabalhos feitos de raiz”.

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Pedro Magalhães
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