Deslealdade e divisão. As críticas dos candidados à Federação do PS Braga

Joaquim Barreto ou Ricardo Costa, um deles será eleito presidente da Federação Distrital de Braga do Partido Socialista. As eleições decorrem este sábado, dia 18 de Julho e é evidente o clima de guerrilha entre os dois candidatos.
Nas entrevistas a ambos, levadas a cabo pela RUM, Joaquim Barreto, da lista A, e Ricardo Costa, da lista B, dirigiram várias críticas um ao outro. O actual presidente da Federação, natural de Cabeceiras de Basto, acusa o vimaranense Ricardo Costa de “deslealdade”.
“Foi estranho que da noite para o dia aparecesse um candidato opositor que desafiou outra pessoa para o ser. Ainda hoje não percebemos este golpe, procurando de uma forma que não é correcta, colocar-nos em causa e faltar ao compromisso e à palavra”, começa por dizer na entrevista que vai para o ar esta noite, na Universitária. Joaquim Barreto, deputado do PS na Assembleia da República, afirma que é candidato porque gosta do PS e “porque em Agosto de 2019” foi “desafiado por um conjunto de militantes, entre eles, Ricardo Costa”.
Do outro lado, Ricardo Costa, candidato da Lista B, afirma que o tempo de Joaquim Barreto já lá vai, acusando o actual presidente da Federação e recandidato de dividir o partido em Braga. “Há quarenta anos Joaquim Barreto foi importante, mas como em tudo na vida é tempo de um tempo novo e é importante perceber o que se passa neste distrito. Nós já fomos das catorze concelhias poder em nove e neste momento somos em quatro e em dois dos concelhos com listas independentes e dissidentes do Partido Socialista. Nas últimas autárquicas tivémos sete candidaturas dissidentes do PS e isto é impensável. Se há marca desta federação actual é a marca claramente da divisão”, aponta.
Só um pode vencer o acto eleitoral deste sábado, mas ambos dizem estar convictamente confiantes na vitória.
Joaquim Barreto refere que vai vencer “pelo trabalho realizado ao longo do último mandato, por falar verdade e assumir compromissos”.
Ricardo Costa sustenta que a sua candidatura está convencida que “vai ganhar” não por ser mais ou menos conhecido, mas porque o que importa é “ser conhecido pelo carácter e não pela reputação”.
