Futebol amador. A testagem será o último recurso em casos de transmissão comunitária

Sempre que se registarem casos de transmissão comunitária, “as associações distritais de futebol têm orientações da Federação Portuguesa de Futebol para adiar os jogos” que estiverem agendados para as respectivas regiões. O assunto foi abordado pelo presidente substituto e vice-presidente da Associação de Futebol de Braga no programa RUM(O) Desportivo, emitido esta sexta-feira.

De acordo com Pedro Sousa, a testagem, que, nessa circunstância, é condição obrigatória para a realização das partidas, não será uma prioridade. “Se houver um surto em Fafe, adiam-se os jogos que naquele fim de semana oponham clubes de Fafe ou que se realizem naquele território”, exemplica.


Justificada pelo “impacto financeiro que poderia ter nos clubes e nas associações”, o dirigente explica que a normativa da FPF “reforça que a testagem é a última ratio [a última solução]”. 


Sendo considerada uma modalidade de médio risco pelas autoridades de saúde, a realização de testes à Covid-19 no futebol não é obrigatória. No entanto, terão de ser feitos testes aleatórios até 48 horas antes da partida seguinte se, pelo menos, uma das equipas estiver localizada numa zona com transmissão comunitária activa do vírus.


Nesse sentido, todas as semanas, as administrações regionais de saúde vão emitir alertas às associações de futebol. No caso da FPF, que engloba todas as delegações distritais, o dirigente explica que, “em vez de ser ir para a testagem”, a ideia é manter a data dos jogos em suspenso até “à questão de saúde pública estar ultrapassada”. 


“Mais à frente far-se-á as correcções ao longo do calendário competitivo”, acrescenta, alertando que isso poderá ser “outro problema”, já que terá de “haver sempre acordo entre os dois clubes envolvidos, o que nem sempre é fácil”.



Testes através da saliva em equação


Apesar de, nesta altura, a testagem não ser a prioridade, isso pode vir a mudar. Actualmente, um teste à Covid-19 custa, em média, 100 euros, algo que é “incomportável”, segundo Pedro Sousa. Assim sendo, um eventual teste através da saliva, “10% mais barato”, seria uma solução “mais viável”.

“Ainda não está cientificamente validado, mas encontra-se na última fase do protocolo de desenvolvimento científico. Pelo que nos é dito, através da FPF, o custo poderá ser diminuto, cerca de 10 euros. A confirmar-se, é algo que, através da federação e do Governo, talvez seja possível avançar”, adianta.

Partilhe esta notícia
Tiago Barquinha
Tiago Barquinha

Deixa-nos uma mensagem

Deixa-nos uma mensagem
Prova que és humano e escreve RUM no campo acima para enviar.
Sérgio Xavier
NO AR Sérgio Xavier A seguir: Sara Pereira às 15:00
00:00 / 00:00
aaum aaumtv