“Fui um pouco pessimista até ao final e só acreditei mesmo depois de acabar a corrida”

Iúri Leitão mostra-se “orgulhoso” por ter sido o primeiro português a sagrar-se campeão do mundo de ciclismo de pista. Menos de um mês depois do triunfo, alcançado na vertente de omnium, em Glasgow, na Escócia, foi entrevistado no programa RUM(O) Desportivo.
O atleta minhoto confessa que ainda se está a “adaptar” à ideia de “conviver com o título”. “Acho que não tive tempo de digerir esta situação. Quando cheguei do campeonato do mundo, não estive muito tempo em casa, apenas dois dias, porque parti logo para outras competições”, refere.
No ciclismo de estrada, em 2013, Rui Costa foi campeão do mundo, mas, na pista, nenhum português tinha feito algo semelhante. A história da seleção é “muito curta, com pouco mais de 10 anos”, destaca, considerando que tê-lo conseguido “tão rápido” dá “mais ênfase” ao título.
Antes da vitória na Escócia, em termos absolutos, Iúri Leitão contava no currículo com a prata no Mundial de 2021, na vertente de eliminação, e seis medalhas em Europeus. No momento em que partiu para Glasgow, recorda, foi com “o sentimento de dever cumprido”, já que se tinha “preparado da melhor forma”.
Quanto a objetivos e olhando para o historial recente, Iúri Leitão e a delegação portuguesa achavam que havia “condições para disputar os cinco primeiros lugares” e, “num bom dia”, o pódio, mas “sem aspirações ao título mundial”. “A competição começou logo bem, mas nunca me quis precipitar. Fui sempre um pouco pessimista até ao final e só acreditei mesmo depois de ter acabado a corrida”, confidencia.
