Frio no Hospital de Famalicão deve-se a “problema técnico” detetado há uma semana

O frio no interior do novo edifício de apoio à unidade de Famalicão do Centro Hospitalar do Médio Ave (CHMA), denunciado pela Secção Regional Norte da Ordem dos Enfermeiros, terá sido provocado por uma “questão técnica” no sistema de aquecimento. O problema foi detetado no sábado, mas o conselho de administração da unidade hospitalar famalicense garantiu à Ordem que “será resolvido ainda hoje”. 

A administração do hospital esteve reunida com representantes da Ordem dos Enfermeiros do Norte. 

Depois do encontro, em declarações à RUM, o presidente da estrutura, João Paulo Carvalho lamentou que só uma semana depois de ter sido identificado é que o problema seja resolvido, acreditando ser “uma coincidência” que tal aconteça “no dia em que a Ordem foi ao hospital”. “Se o problema foi identificado no sábado não faz sentido que se mantenham doentes e profissionais de saúde durante uma semana ao frio”, criticou.


“Trata-se de uma área com mais de 500 metros quadrados, com renovação de ar, feita com ar ambiente, como diminuiu a temperatura ambiente, o ar insuflado por vezes era de temperaturas negativas e a estrutura não teve capacidade de aquecer o ar de forma a manter uma temperatura ambiente à volta dos 20º graus”, detalhou.

Durante este período, explicou, “os doentes têm passado muito frio, aumentando a probabilidade de agravar o seu estado de saúde”. Segundo a Ordem, os próprios profissionais de saúde “têm tido dificuldade na prestação de cuidados, porque têm que vestir várias camadas de roupa por baixo dos equipamentos de proteção individual”. 

De acordo com João Paulo Carvalho, no interior do edifício a temperatura rondava os 8º ou 9º graus.

“Pessoas de idade e colegas passaram muito frio”, afirmou. 

Conselho de administração admite falta de enfermeiros mas aponta “dificuldades na permissão de contratação por parte da tutela”

No entanto, o frio não é problema único na unidade hospitalar de Vila Nova de Famalicão. O presidente da Secção Regional Norte da Ordem dos Enfermeiros lamenta a falta de enfermeiros. “Temos uma urgência que necessita de mais enfermeiros. O conselho de administração disse que também conhecia o problema, mas tem tido dificuldades na contratação e permissão de contratação por parte da tutela”, adiantou à RUM. 


João Paulo Carvalho fala de um “défice de 53 enfermeiros na equipa do serviço de urgência e os turnos contam com 11 enfermeiros quando consideramos que o ideal seriam 18″.


Insatisfeitos com a situação, os enfermeiros convocaram uma vigília silenciosa, que vai decorrer esta noite, pelas 21 horas, em frente ao hospital.

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Liliana Oliveira
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