Francisco Assis diz que financiamento da Segurança Social terá “radicalmente” de mudar

Francisco Assis diz que o financiamento da Segurança Social “vai ter de ser radicalmente modificado”.
“As circunstâncias económicas vão obrigar a essa mudança e vamos ter de assumir perante as novas gerações, que não podem ser sacrificadas, que é preciso reponderar todo o modelo da Segurança Social, recorrendo, no limite, ao Orçamento do Estado”, disse esta tarde o presidente do Conselho Económico e Social no debate “Pós-Covid: O desafio maior”, organizado pelo Jornal de Notícias e pela Câmara de Famalicão, que decorreu na Casa das Artes.
Na sessão, Francisco Assis abordou o futuro do país no pós-pandemia e indicou que Portugal tem “um problema sério de produtividade”.
“A nossa produtividade é metade que a da Alemanha. Trabalhamos mais que os alemães mas pior, porque produzimos muito menos”, referiu o antigo eurodeputado do PS, apontando que, para melhorar os indíces de produção, é necessário “aumentar as qualificações e a organização e capacidade de gestão, no Estado e nos particulares”.
Já o presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N) disse que o desafio do país e da região é “não ter rendimentos condignos com o potencial e a produção”.
António Cunha refletiu ainda que a economia da região é forte mas que é preciso “massificar” as boas práticas a todo o território.
“O maior desafio que temos é o da massificação. Seja a nível das universidades, empresas ou concelhos há exemplos magníficos do melhor que se faz na Europa mas depois o global não é assim. Temos de subir a média”, assinalou.
A sessão “Pós-Covid: O desafio maior” inseriu-se no 3.º Fórum Económico Famalicão Made In.
