Formar para transformar. Encontro ART’THEMIS+ dá palco à educação para a igualdade

Está a decorrer ao longo do dia de hoje, no Centro de Juventude de Braga, o VIII Encontro ART’THEMIS+: Caminhos para um Currículo de Prevenção, promovido pela UMAR – União de Mulheres Alternativa e Resposta e pela Equipa ART’THEMIS+ de Braga.
O evento reúne crianças e jovens de escolas do distrito de Braga, que apresentam projetos artísticos desenvolvidos durante o ano letivo sobre temas como igualdade de género, violência no namoro, racismo, xenofobia e direitos humanos.
Lia Mendes, da equipa do projeto ART’THEMIS+ em Braga, destaca o carácter coletivo e artístico do trabalho construído com os alunos, com “muitas coisas para mostrar. Desde teatros, performances, vídeos que os próprios alunos e alunas construíram de peças jornalísticas”. “É uma construção coletiva. Não somos só nós, não são só os professores e professoras”, acrescenta.
Também da equipa local, Alicia Wiedemann salienta a importância do vínculo criado com as crianças e da continuidade do trabalho nas escolas, no “dia mais importante em termos de resultados, de mostrarmos o que estamos a fazer e da própria troca entre as crianças, porque as que estão aqui assistem e têm ideias para outros trabalhos no futuro”.
O projeto ART’THEMIS+ foca-se na prevenção primária da violência e conta com o apoio da Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género (CIG) e do Ministério da Juventude e Modernização.
Liliana Rodrigues, presidente da UMAR, defende a aposta nas novas gerações e sublinha que “é de criança que se possibilita mudar mentalidades. Pensamos em questões como ecologia e reciclagem. Foi a partir das crianças que houve possibilidade de mudança, de levar para os pais, numa ideia invertida do processo da educação. Tendo em conta a atualidade, cada vez mais devemos depositar nas crianças a esperança de um mundo melhor”.
Presente também na sessão da manhã, o vice-presidente da CIG destacou os efeitos do acompanhamento de longo prazo nas escolas. Para Manuel Albano, “nota-se a evolução. As crianças começaram no 1.º ou 2.º ciclo. O projeto acompanhou-as. Nota-se que os trabalhos são já mais sentidos, já apropriaram um conjunto de conceitos que tão necessários são hoje em dia para a nossa sociedade.”
Ao longo do dia, as apresentações incluem teatro, jogos, vídeos, música e instalações artísticas criadas por turmas do ensino básico e secundário.
O encontro promove o protagonismo juvenil e encerra com uma reflexão coletiva sobre os caminhos da educação para a igualdade e os direitos humanos.
