Fibrenamics vê na fibra do leite não alimentar soluções para a saúde e empresas

Chama-se Milkfibre e tem como missão, nos próximos três anos, dar uma nova vida a mais de 29 milhões de toneladas de lacticínios que são desperdiçados. O projecto é da responsabilidade da Fibrenamics, plataforma de I&D da Universidade do Minho, e do INOVA – Instituto de Inovação Tecnológica dos Açores. A ideia passa por extrair a partir do leite não alimentar produzido uma fibra denominada de caseína.

O Milkfibre conta com um financiamento de 300 mil euros por parte do Açores 2020, e uma equipa de 10 investigadores.

Nos próximos anos, a equipa irá começar por extrair a caseína. Posteriormente, a intenção passa por “desenvolver fibra à macroescala” e à nanoescala, ou seja, chegar onde o olho humano não consegue. Para além disso, a equipa pretende perceber quais as reais funcionalidades da fibra de caseína.

Segundo Fernando Cunha, diretor executivo da plataforma, o leite não alimentar tem propriedades antibacterianas, consegue controlar a humidade, é biocompatível e não é tóxico. O responsável estima que a investigação tenha impacto a três níveis. Numa primeira fase, um impacto científico com novos conhecimentos, do ponto de vista tecnológico com processos mais modernos para a obtenção da fibra da caseína e, por último, do ponto de vista do produto.

A Fibernamics revela que é provável que esta fibra venha a dar grandes contributos nos setores da biomédica, farmacêutica e bem-estar.

Este é um projecto âncora e mobilizador da região dos Açores, contudo o objectivo, a médio prazo, passa por aproveitar o efeito dinamizador e arrastador para outras regiões. Em particular para Portugal Continental e para o resto da Europa. 

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Vanessa Batista
Vanessa Batista

Jornalista na RUM

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