Festival Política volta a Braga para debater a “desinformação”

São esperadas 1.500 pessoas no Festival Política, que se vai realizar em Braga, de 5 a 7 de maio.

O programa, assente na desinformação, foi apresentado esta sexta-feira, no Centro da juventude, onde irão decorrer as sessões.

Depois de ter passado por Lisboa, em abril, o Festival chega a Braga para a sua 4.ª edição, duas delas em contexto pandémico e à distância. 

Bárbara Rosa, co-diretora do Festival, lembra que em causa está “um festival de promoção da cidadania, capacitação cívica e defesa dos direitos humanos”. “A crise pandémica ampliou este problema e entendmeos que a sociedade civil deve dar respostas que se querem mais eficazes”, acrescentou. 

“O contexto em que vivemos demonstra a importância de não cedermos na afirmação destes valores, na promoção de um diálogo intercultural, de uma integração ativa de todas as comunidades”, apontou o autarca bracarense, Ricardo Rio. O presidente da Câmara enaltece ainda a “dimensão cultural e de intervenção social”, associadas ao Festival. O programa. acrescentou, “tem sido muito participado e isso é sinal da correspondência dos jovens a estes reptos”. 

Vítor Dias, diretor regional do IPDJ, lembrou o conflito armado que tem como palco a Ucrânia, que “é carregado com desinformação e notícias falsas”. “É importante que os jovens saibam e aprendam a ler informação correta e credível”, vincou.


Filmes, debates, workshops, performances e concertos marcam a programação



A programação é diversificada e arranca na quinta-feira, dia 5 de maio, às 17h30, com um workshop, promovido pela Entidade Reguladora da Comunicação (ERC), alusivo ao tema “Desinformação, regulação e literacia mediática”. Neste workshop serão usados como exemplo conteúdos visados em queixas recebidas pela Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) como sendo potenciais casos de desinformação, nomeadamente sobre temas da atualidade, como a pandemia de covid-19 ou a guerra Rússia-Ucrânia.


Às 18h30, decorre a performace feminista que procura “confrontar” o público com a opressão e violência de que as mulheres são alvo, focando-se no contexto doméstico como um lugar de risco para a integridade, segurança e, em demasiados casos, a vida. Este será o ponto de partida para uma conversa sobre inclusão, arte e discriminação. 

Blossom/Florescer além de uma exposição fotográfica de Manuel Correia, dá nome a uma vídeo-dança a partir da história da Casa das Convertidas em Braga. Um espaço de recolhimento para conversão de mulheres que tinham comportamentos “menos corretos” na sociedade. Uma forma de castração da liberdade da mulher e de exclusão dos “contágios” de má conduta feminina na sociedade. 

“Quo Vadis, Aida?”, de Jasmila Zbanic, (Bósnia, Áustria, Roménia e Holanda), nomeado para melhor filme nos Óscares, será exibido às 21h30.

Na sexta-feira, destaque para o momento de “Cara a Cara com os Deputados”, às 18h30. 

Encontro entre cidadãos e deputados representantes dos partidos com assento na Assembleia da República. Durante cinco minutos, os participantes inscritos conversam individualmente com cada deputado sobre um tema, dúvida ou questão.

No sábado, às 10h, há uma visita guiada, pelo bracarense Rui Ferreira, pelo centro da cidade para conhecer os mitos, enganos e até algumas mentiras que atravessam a História da cidade. 

De tarde, será exibido o documentário “A música invisível”, de Tiago Pereira, às 17h30, preparado exclusivamente para o Festival Política. Segue-se um concerto e conversa com a participação de Raspa, Raspinha, Lima Barbosa e Tiago Pereira. 

Às 19h00, é exibido “Régie”, dos vimaranenses Inês Lago e João Ventura. 23h15

“Salazácula”, de Pedro Réquio, encerra o certame, às 23h15. 

Conheça toda a programação aqui

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Liliana Oliveira
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