Festival Guimarães Clássico regressa com 3 concertos no centro da cidade

De 19 a 22 de Agosto, a cidade berço é palco do Festival Guimarães Clássico. Promovido pela Câmara Municipal de Guimarães e pela Orquestra de Cordas de Guimarães, depois de uma primeira edição “surpreendente”, o evento regressa adaptado às regras impostas pela pandemia. Menos alunos, menos professores e menos espectadores.

Ainda assim, o objectivo da organização é mostrar que “é possível manter a actividade cultural” em tempos de pandemia.

A vertente pedagógica do festival assume protagonismo, mas os alunos e professores que chegariam do Japão e da China viram a sua participação adiada para edições futuras. Este ano, apenas quatro alunos polacos vão integrar a iniciativa, participando em “masterclasses, com aulas individuais e em grupo, com profissionais muito importantes a nível mundial”. Exemplo disso são as participações de Andriy Viytovych, considerado um dos melhores e mais versáteis violetistas britânicos, e Vasko Vassilev, concertino da Orquestra Opera House em Londres ou a Academia da Baltiuc Neopolis Orchestra.

Este ano, estão programados três concertos, que contarão com a participação de músicos profissionais e dos alunos. O primeiro espectáculo “Academia Virtuosi”, a 19 de Agosto, “incide nos alunos” e decorrerá na Igreja de Nossa Senhora da Oliveira. No dia seguinte, o Paço dos Duques de Bragança recebe o concerto “Estaciones Porteñas”, com um “arranjo feito por Andriy Viytovych, com a viola de arco como instrumento solista e que para Emanuel Salvador, director-artístico do festival e membro do Quarteto de Cordas de Guimarães, se trata do momento “mais popular”. O concerto final será uma homenagem aos 250 anos do nascimento de Beethoven, com quase todos os intervenientes juntos, na Igreja de S. Franciso, no sábado.

Todos os espectáculos começam às 21h30 e embora sejam de entrada gratuita serão adaptados às circunstâncias actuais, estando limitados ao número de espectadores permitidos em cada um dos espaços.

“Mantemos uma aposta na programação cultural para os vimaranenses e para quem visita a cidade”

À vertente pedagógica, juntam-se a cultural e turística. Para o adjunto da vereadora da Cultura da autarquia vimaranense, Paulo Silva, cabe às autarquias “a obrigação de manter a cultura viva”. “Temos outras condições que os operadores privados, que vivem essencialmente das bilheteiras, não têm. Mantemos uma aposta na programação cultural para os vimaranenses e também para quem visita a cidade neste período de férias, numa ligação ao património”, acrescentou.

O objectivo da organização é voltar à normalidade o mais rápido possível, mas é certo que o Festival Guimarães Clássico veio para ficar. O orçamento destinado ao evento ronda os 7.500 euros.

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Liliana Oliveira
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