Federação propõe financiamento para instalação de sistemas de bicicletas partilhadas

A utilização de sistemas de bicicletas partilhadas deve ser replicada em vários pontos do país e, para isso, é necessário apoio estatal. Essa é a premissa defendida pela Federação Portuguesa de Cicloturismo e Utilizadores de Bicicleta (FPCUB), que reuniu, esta semana, com Jorge Delgado, secretário de Estado da Mobilidade.
De acordo com o organismo, em comunicado, “quando bem dimensionados e instalados, podem ajudar a impulsionar o uso de bicicleta em cerca de 3%”. Em 2017, Lisboa implementou esse projeto, sendo que, desde então, cerca de 16 mil pessoas já aderiram, registando-se mais de um milhão de utilizações.
Caldas da Rainha, Torres Vedras, Cascais e Faro também apresentam este tipo de infraestruturas. Entrevistado pela RUM, o presidente José Manuel Caetano explica que “o sistema apareceu de forma espontânea e as pessoas começaram a usar”.
Na capital do país, o sistema de bicicletas partilhadas é gerido pela EMEL – Empresa Municipal de Mobilidade e Estacionamento de Lisboa. A FPCUB considera que, em Braga, poderiam ser os TUB a ocupar essa função. De acordo com a federação, o investimento num sistema de bicicletas no concelho bracarense, com 70 estações e mil bicicletas, teria um custo de dois milhões de euros.
José Manuel Caetano defende que o Governo deve “comparticipar”, a partir do momento em que as autarquias demonstrem “estudos e projetos” para o efeito. “Se o Estado ajudar, em vez de serem 50, são 200 ou 300 bicicletas. Não é a mesma coisa. Há mais oferta na via pública”, exemplifica.
