Federação de Cicloturismo defende rede ciclável nacional
A Federação Portuguesa de Cicloturismo e Utilizadores de Bicicleta (FPCUB) defende a criação de uma Rede Nacional de Infraestruturas Cicláveis, ou seja, uma via para bicicletas que una os vários municípios do país.
Através de um relatório do organismo acerca do Plano de Recuperação Económica 2030, lançado pelo Governo, a FPCUB considera que a promoção do uso da bicicleta deve ser uma das prioridade do país para os próximos dez anos, defendendo que a utilização deste meio de transporte traz benefícios para a saúde, economia, turismo, e ambiente.
À RUM, Irina Guerreiro, gestora do desporto na FPCUB, refere que a rede nacional, que depois escalaria para uma rede europeia, traria “hierarquização e definição para redes interligadas, coesas e seguras”, descartando uma estratégia regional ou local. “Não há rede coesa no país e em muitos municípios. Achamos que há mais perda de tempo se cada um achar o que deve fazer, não havendo entrosamento entre as redes”.
Com parceiros como a Conbici, entidade espanhola que promove o uso da bicicleta, e a ECF (Federação Europeia de Bicicletas), a FPCUB sustenta a criação de autoestradas para bicicletas e uso combinado com comboios.
“A bicicleta é o meio de transporte mais rápido até 15 quilómetros e se for combinada com o com o transporte público essa distância aumenta”, assinala Irina Guerreiro, lamentando o facto de a ferrovia “não aparecer no Plano de Recuperação Económica”.
