FCT Tenure. UMinho confiante em conseguir 100 investigadores doutorados

O vice-reitor da Universidade do Minho está confiante que a academia irá conseguir 90 a 100 investigadores doutorados na primeira edição do FCT Tenure. O que irá corresponder a uma taxa de sucesso que rondará entre os 8 a 9%.

Recorde-se que a 1ª edição do FCT Tenure para 1.000 posições como investigadores doutorados para posições permanentes está a decorrer até 1 de março.


Em entrevista ao UMinho I&D, Eugénio Campos Ferreira foi questionado sobre a redução da taxa de sucesso que anteriormente rondava os 12%. O vice-reitor garante que os anteriores concursos não são comparáveis e acrescenta que tem dúvidas quanto ao preenchimento das 1.000 vagas nesta primeira edição do FCT Tenure.

“Nós estamos agora a competir com o universo mais alargado (de instituições). A nossa expetativa, em termos da nossa candidatura, é de conseguir à volta de 8%, ou 9%, ou seja, entre 90 a 100 posições neste concurso”, avança aos microfones da RUM.

O responsável pela pasta da Investigação e Inovação na UMinho alerta para o facto de as instituições de ensino superior públicas concorrerem, neste concurso com politécnicos, laboratórios colaborativos e de Estado assim como Centros de Tecnologia e Inovação, entre outros.

Nos primeiros três anos, a FCT financia em dois terços o valor dos contratos e a UMinho entrará com um terço. Já no segundo triénio a situação inverte-se.

O Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior criou um mecanismo de financiamento para apoiar a contratação de doutorados para a carreira de investigação científica em instituições de ensino superior públicas com uma dotação de 20 milhões de euros. Com novas eleições legislativas a caminho, Eugénio Campos Ferreira recusa fazer “futurismo” e prefere manter-se otimista em relação a esta dotação.

“Estamos na expetativa de que haverá a manutenção desta inscrição em orçamento para os anos seguintes. Portanto, 20 milhões por ano. Se isso acontecer, de facto, pelo menos nos três primeiros anos, uma vez que a contribuição será sempre de um terço desta dotação orçamental de 20 milhões, a Universidade do Minho não terá compromisso algum, com estas contratações. Logo, o esforço diria que se traduzirá depois no segundo triênio. Em última instância é a Universidade que tem que inscrever nos seus orçamentos o pagamento destas posições”, refere.

Dos 191 precários em funções na Universidade do Minho, 69 estão ao abrigo da norma transitória do DL57/2016. Destes, 19 vão ser o seu vínculo terminado em dezembro de 2024. Tendo em conta esta realidade, Eugénio Campos Ferreira declara que o risco de “desagregação de unidades de investigação” continua a ser uma realidade.

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Vanessa Batista
Vanessa Batista

Jornalista na RUM

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