Fatura energética da Minho em 2023 ascendeu a 2.5ME

A Universidade do Minho (UMinho) desembolsou no ano inteiro de 2023 cerca de dois milhões e meio de euros na fatura energética. O aumento da população que circula nos campi da instituição é um dos principais fatores, associado à instalação de equipamentos de ponta, como é o supercomputador Deucalion. Mesmo com a sensibilização contínua da comunidade e com hábitos de poupança visíveis, não tem sido possível reduzir os custos.
Os dados foram avançados na RUM, no programa de grande entrevista Campus Verbal, por Miguel Bandeira, pró-reitor para o desenvolvimento sustentável e planeamento da UMinho.
Ainda que assuma “avanços notáveis na monitorização dos consumos” na Universidade do Minho, fruto de uma política de “atribuição de responsabilização” de todo o universo organizacional da instituição, Miguel Bandeira reveliu que a fatura anual é de 2.5 ME, assumindo que se trata de um valor “elevado”.
Dar a conhecer os gastos efetivos pretende também “sensibilizar a comunidade” além de campanhas diretas de comunicação que a UMinho tem procurado implementar. Ainda assim, Miguel Bandeira lembra que a UMinho “continua a crescer” e significa que “de facto têm sido reduzidos alguns custos”, designadamente custos diretos.
O pró-reitor refere a título de exemplo a instalação, em Azurém, do Supercomputador Deucalion, com “consumos energéticos muito significativos”, ainda que no caso não sejam suportados financeiramente pela instituição.
O mau isolamento dos edifícios prejudica os números, com salas muito frias no inverno e muito quentes no verão.
Instalação de painéis fotovoltaicos vai avançar
Miguel Bandeira reconheceu também que a instalação de painéis fotovoltaicos na UMinho está “atrasada”, mas vai acontecer. Justificando a questão com processos burocráticos, a implementação desta solução, afiançou aos microfones da RUM, “está muito avançada para a cobertura de um parque de estacionamento no campus de Gualtar”, seguindo-se uma outra “também em Azurém”. Ainda assim, notou que “não é possível forrar todas as coberturas com painéis”, e que além da falta de espaço dos campi, que continuam em crescimento, com novas construções é necessário preservar os espaços verdes que, diz também, “precisam de ser mais apelativos” e que está em via de aquisição algum material urbano. Apesar disso, evidenciou que os hábitos são diferentes já que “os mais frequentadores da relva são estudantes estrangeiros”.
