Famalicão. Terminal rodoferroviário tem acordo para avançar com investimento de 61 ME

Foi formalizado esta quarta-feira, mais um passo para a construção do Terminal Rodoferroviário da Medway, em Lousado, Vila Nova de Famalicão. Na fase inicial, o local vai representar um investimento da Medway de cerca de 50 milhões de euros mais 11 milhões da Infraestruturas de Portugal.

A adenda ao protocolo, estabelecido em 2019, segundo o presidente da Câmara de Famalicão, Mário Passos, clarifica as responsabilidades das partes envolvidas, abrangendo questões como as intervenções no projeto, expropriações, ajustes dominiais, procedimentos operacionais, manutenção das infraestruturas e compromissos de tráfego.

Segundo a empresa responsável, a construção deve arrancar em inícios de 2027 e deverá estar operacional em finais de 2028, após sete anos de impasse. O terminal, com uma área de implantação logística de 32 mil metros quadrados, terá duas linhas de carga de 750 metros e uma capacidade para mais de 500 movimentos por ano na fase de cruzeiro.

Presente no ato de formalização, o ministro das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz, sublinhou que o projeto que vai ter ligação aos portos de Sines e de Leixões, aos portos secos do Entroncamento e da Bobadela é essencial para o desenvolvimento dos portos portugueses. “Trata-se do maior da Península Ibérica”, ressaltando que o terminal vai ser capaz de absorver parte da carga que chega e parte de Leixões, “e este porto seco aqui em Famalicão é essencial”.

Miguel Pinto Luz recordou que Famalicão é “o terceiro concelho mais exportador do país” e que se encontra numa região que contribui “muito para o valor acrescentado bruto nacional”. Por isso, aponta, “o Estado não podia ficar indiferente a esta capacidade empreendedora, de assumir risco e de fazer crescer o país”, do empresariado do quadrilátero urbano.

Já o presidente da IP, Miguel Cruz, vincou que esta infraestrutura logística vai ser “capaz de responder aos desafios futuros da internacionalização da economia portuguesa”. Já do lado da Câmara Municipal, Mário Passos acrescenta que “este é um grande investimento, um bom investimento” e que a autarquia, “desde a primeira hora de 2018”, auxiliou no desenvolvimento do projeto, nomeadamente, na disponibilização e aquisição de terrenos.

O presidente da Medway, Carlos Vasconcelos, recorda que o projeto inicialmente dois acessos ferroviários e um deles passava pela utilização da ciclovia, algo que “não era bem visto” pela população local. “Encontramos outra alternativa que não altera em termos de custos e de projeto”, finaliza.

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Marcelo Hermsdorf
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Jornalista na RUM

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