Famalicão inaugura Conservatório que será palco para bailarinos de todo o país

Em Vila Nova de Famalicão, a dança tem agora um novo palco formativo. No Dia Mundial da Dança, que se celebra esta quinta-feira, dia 29 de abril,  foi oficialmente inaugurado o Conservatório de Dança de Famalicão, que custou aos cofres municipais cerca de 102 mil euros.

Na EB 2/3 DR. Nuno Simões, em Calendário, vai, a partir desta quinta-feira, ensinar-se uma nova arte: a dança. Menos formal do que o ensino que consideramos convencional, a arte ganha mais um palco no concelho famalicense. Depois da música, é a vez dos jovens bailarinos aperfeiçoarem conhecimentos e o preisidente da autarquia não nega a possibilidade de no futuro o concelho vir a acolher um espaço de aprendizagem ligado ao teatro.

O sonho de Marta Soares tornou-se finalmente uma realidade, mas a  diretora e fundadora do Conservatório não esquece as dificuldades que tiveram que ser ultrapassadas, nomeadamente o facto de até então não ser possível receber alunos de outros pontos do país, sendo que a legislação apontava para usufruto exclusivo dos alunos do Agrupamento de Escolas D. Sancho I. Agora, frisou Marta Soares, “é aberto a toda a comunidade nacional”. Dos 25 alunos, que já frequentam o Conservatório, alguns chegam de Braga, Santo Tirso, Guimarães e, até, do sul do país. 

Neste momento, a dificuldade está no financiamento. “Todo o processo que estamos a iniciar tem sido possível por causa do apoio do município”, acrescentou a docente. 


Na sessão marcou presença o diretor-geral da da DGEstE (Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares), João Gonçalves, que se mostrou surpreendido com “a qualidade das instalações ficaram e com o resultado das aprendizagens”. “Famalicão teve sempre um especial cuidado para tudo o que tem que ver com as artes. É um município que serve de exemplo para muitos outros e tenho a certeza que pouco a pouco muitos municípios vão perceber a importância que poderão ter na construção de projetos deste género em todo o território”, acrescentou. 


Para o presidente da Câmara Municipal de Famalicão, Paulo Cunha, este pode ser o ponto de partida para que “outros projetos possam germinar”, nomeadamente na articulação “do ensino convencional com uma dimensão mais informal, mas que não é menos aprendizagem”, dando como exemplo o teatro.


“Acho que há uma ligação muito forte entre a Educação e a Cultura. São importantes os serviços educativos ao nível cultural, mas é também preciso criar agentes culturais, dinâmicas e ecossistemas que ajudem a que as iniciativas tenham melhores práticas, mas também tenham público e isso resulta de processos de formação. Quanto mais eficazes formos neste processo, melhor sucedidos seremos na formação cidadã”, finalizou. 

A Câmara de Famalicão assumiu todos os encargos da empreitada, orçados em 102 820 euros, que contemplam obras de adaptação e criação de salas de dança, construção de divisórias em estrutura metálica, com portas pivotantes suspensas para a criação de duas salas, pavimento adequado para a dança, colunas de som, mesas de mistura e dois sistemas de ar condicionado e iluminação. Foram ainda criadas três salas de apoio.


Por enquanto, são 25 os jovens alunos que trabalham neste conservatório o sonho de fazer da dança o futuro, mas a expectativa é de fazer deste local “uma referência no país”. 

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Liliana Oliveira
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