Falta de habitação e transportes limita integração no mercado de trabalho em Braga, aponta projeto

As conclusões do MakeBraga - CLDS 4G foram abordadas no Fórum Transfronteiriço ‘Responsabilidade Social das Empresas e da Igualdade Laboral’.

A escassez de habitação e de transportes constitui uma barreira para a integração no mercado de trabalho em Braga. A conclusão é do projeto MakeBraga – Contrato Local de Desenvolvimento Social (CLDS) 4G, implementado nos últimos três anos.


Os resultados da iniciativa foram apresentados no Fórum Transfronteiriço ‘Responsabilidade Social das Empresas e da Igualdade Laboral’, decorrido, esta quinta-feira, no Altice Forum. O projeto bracarense, que começou em julho de 2020 e cujo prazo de execução termina em agosto, engloba as estruturas locais da Cáritas Arquidiocesana e da Santa Casa da Misericórdia e o Centro Cultural e Social de Santo Adrião e tem como objetivo promover o emprego, a qualificação e a inclusão.

De acordo com Diogo Dias, co-coordenador do MakeBraga – CLDS 4G, tendo em conta o diagnóstico feito junto dos cidadãos e das empresas, existe “um problema no acesso da população a ofertas de emprego e ações de formação”. Ainda assim, destaca, “os maiores desafios são a habitação e os transportes”. “Por exemplo, no caso das famílias monoparentais, a mãe ou o pai não tem sítio onde deixar os filhos, se trabalhar por turnos”, ilustra.

O responsável considera que esses fatores “não permitem uma maior igualdade laboral e o verdadeiro acesso ao mercado de trabalho”, mesmo havendo legislação adequada. Particularizando, o co-coordenador do projeto aponta para uma população potencialmente mais fragilizada, os migrantes, que, “muitas vezes, não têm conhecimento sobre os direitos laborais”.


O presidente da Associação Empresarial de Braga também esteve presente no Fórum Transfronteiriço. Daniel Vilaça alerta para a necessidade de haver “responsabilidade social” nas empresas. Se essas “boas práticas” forem aplicadas, enfatiza, as organizações ganham “credibilidade e reputação no mercado e confiança no desenvolvimento da cadeia de valor por parte dos clientes e consumidores”, além de “promover a atração e retenção do talento”.


A sessão englobou-se no projeto GEMCAT_Capitaliza, levado a cabo pela Câmara de Braga, através da InvestBraga, em parceria com a Universidade do Porto e a Junta de Galiza e financiado pelo Programa INTERREG V-A España-Portugal. 


Ao longo das últimas semanas, destaca o presidente da autarquia e da empresa municipal, estiveram envolvidos “quase 500 colaboradores de diversas organizações em oito ações de formação” relacionadas com a responsabilidade social das empresas. Ricardo Rio fala de “um conceito meritório” e, atendendo à adesão verificada, considera que Braga é “um terreno fértil”, onde “empresários e agentes económicos estão sensíveis a esta questão e querem dar o seu contributo”.

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Tiago Barquinha
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