Falta de especialistas continua a limitar ecografias no Hospital de Braga, alerta BE
O Bloco de Esquerda volta a mostrar-se preocupado com a impossibilidade de o Hospital de Braga realizar ecografias de segundo trimestre de forma generalizada. Uma comitiva do partido, formada por Cristina Andrade Carvalho, deputada na Assembleia Municipal, e pelos dirigentes José Maria Cardoso e Manuela Airosa, reuniu-se, esta sexta-feira, com o conselho de administração.
Desde setembro, a instituição hospitalar disponibiliza essas consultas apenas às grávidas vigiadas pela unidade de Ginecologia e Obstetrícia e/ou com determinadas patologias. A única alternativa no setor público é o encaminhamento para o Hospital da Luz, em Guimarães, havendo, de acordo com os bloquistas, um tempo de espera desadequado para a situação.
Para voltar a assegurar as ecografias de segundo trimestre a todas as grávidas da sua área de influência, o Hospital de Braga precisa de dez profissionais, sendo que tem apenas seis. Cristina Carvalho explica que a escassez de especialistas se prende com “o redirecionamento de obstetras para o serviço de urgência”.
Além disso, a diminuição do número de profissionais habilitados baseia-se no facto de a Ordem dos Médicos ter passado a exigir que “todas as ecografias obstétricas fossem feitas por médicos com diferenciação para o efeito”, após o caso do ‘bebé sem rosto’, em Setúbal, relativo a 2019.
À margem do encaminhamento para o Hospital da Luz, em Guimarães, através do Serviço Nacional de Saúde, o Hospital de Braga estabeleceu uma parceria direta com a instituição privada vimaranense. No entanto, o protocolo, que consistia em dez ecografias por semana, durou poucas semanas.
Acompanhando “as várias diligências que o Hospital de Braga” tem procurado fazer, o Bloco de Esquerda instiga o Ministério da Saúde a resolver o problema. “É necessário encontrar uma solução para que os médicos que existem possam fazer as ecografias em segurança, de modo a que todas as mulheres possam ter acesso a estas ecografias”, salienta.
