Nefrologista do Hospital de Braga alerta para escassez de órgãos

A falta de dadores de rins compatíveis é uma realidade cada vez mais sentida em Portugal. O cenário foi descrito por Sofia Homem de Melo Marques, nefrologista do Hospital de Braga, no programa ‘A Saúde Tem Voz’, emitido este domingo na RUM.
No que diz respeito à transplantação, existem dois tipos de dadores: o dador vivo e o dador cadáver. As diferenças entre cada um são claras, sobretudo no tempo médio de espera, já que neste último ronda os cinco anos. “O dador vivo signfica que há alguém disponível para doar o órgão. O processo pode ser mais rápido”, compara.
No caso do dador cadáver, ou seja, pessoas em morte cerebral ou com “coração parado”, como existe escassez de rins, as alternativas, neste momento, “não são as ideais, nomeadamente a utilização de órgãos de pessoas mais velhas e com algumas comorbilidades”. Salienta, ainda assim, que é “preferível usar esse recurso do que manter as pessoas em lista de espera”.
Como alternativa à transplantação do rim, os doentes podem optar por fazer tratamentos regulares, como a hemodiálise ou diálise peritoneal. Ainda assim, Sofia Homem de Melo Marques assinala que “um rim transplantado funciona 24 horas sobre 24 horas”, garantindo também outras funções além da filtrativa, como a endócrina e a metabólica.
c/Catarina Martins
