Fácil acesso a drogas junto aos bares da UMinho denunciado na reunião do executivo

O fácil acesso a drogas nas imediações da Universidade do Minho foi denunciado, esta segunda-feira, na reunião de Câmara de Braga, por um cidadão.

Ainda relativamente a vícios, o PS sugeriu ao executivo de direita que lance, em parceria com a Associação Empresarial de Braga, uma campanha de sensibilização e a criação de um gabinete de saúde mental.

António Mendes, um bracarense que manifestou preocupação com o aumento do tráfico de droga, expôs “o tráfico fácil e o acesso barato a drogas, na zona dos bares da Universidade do Minho”. “Por um preço irrisório tem-se acesso a qualquer tipo de drogas”, afirmou, manifestando preocupação pelas “vidas destruídas” que isso provoca. António Mendes lamenta ainda que não se veja “grande policiamento”, apelando ao executivo para que reforce o número de agentes naquela zona, no sentido de travar este consumo crescente. “A Câmara não se pode demitir de promover uma fiscalização ativa da zona dos bares”, disse ainda.

Na resposta, o presidente da Câmara, Ricardo Rio, disse estar de acordo com a criação de uma campanha de sensibilização relativamente ao consumo excessivo de álcool, mas diz desconhecer a situação denunciada junto aos bares da UMinho.

“É uma matéria que obviamente nos causa alguma surpresa. Não seria uma competência do município, porque cai na esfera da segurança pública, mas não temos informação de que haja esse livre acesso ou esse fácil consumo”, apontou.

O autarca garante que a Câmara, alinhada com as forças de segurança, vai acompanhar o caso. Ainda assim, reforçou o autarca, este não é, no seu entender, “um problema significativo na cidade de Braga”.

Ricardo Rio lembrou ainda que a PSP tem levado a cabo “rusgas” naquela zona, mas a Câmara não tem competências de segurança pública e a presença da polícia municipal tem um efeito dissuasor. “Há questões de segurança de outra natureza em que a camara pode intervir, como a videovigilância que já assumimos que queremos desenvolver, mas não em termos de fiscalização deste tipo de matéria”.

O líder do executivo esclareceu ainda que o consumo excessivo de bebidas alcoólicas entre jovens menores de idade acontece, desde logo, “em espaços comerciais e não apenas nas iniciativas culturais promovidas pelo município”. “Tem que haver um trabalho de sensibilização cada vez maior, de uma forma partilhada, sendo também responsabilidade das escolas e das famílias”, finalizou.

PS sugere à Câmara campanha de sensibilização em conjunto com a AEB

Os vereadores do PS sugeriram, na reunião desta segunda-feira, o lançamento de uma campanha de sensibilização e a criação de um gabinete de saúde mental, que pudesse ser um aliado no combate ao consumo excessivo de álcool.

“Falta, por um lado, conhecimento, daí esta campanha de sensibilização que o PS propôs, por outro lado, há muita falta de policiamento, nestas zonas que são reconhecidamente mais frequentadas”, atirou Artur Feio.

O vereador da oposição considera ainda que “a Câmara tem que obrigatoriamente começar por este papel de sensibilizar e, naturalmente, a questão da vigilância e do policiamento”. “A Polícia Municipal deve aqui ter um papel absolutamente essencial. Como fazem, por exemplo, noutras cidades, como Guimarães, em que no final do período de abertura de esplanadas há uma brigada que faz um fecho, muito na perspetiva de um consenso às pessoas que se afastem daquelas zonas”, explicou.

Vítor Rodrigues, da CDU, considera que autarquia, estado central e forças de segurança devem trabalhar em conjunto na resolução deste problema.

“Há que tomar medidas que necessariamente passarão por maiores garantias de segurança. É uma questão bastante preocupante, ainda para mais quando estamos ainda numa situação em que ainda se notam muitas mazelas nos jovens, do ponto de vista psicológico, resultantes de um período das suas vidas em que tiveram que estar confinados”, disse o vereador. Para o comunista, esta é “uma questão que tem que ser abordada não só pelo município, mas pelo próprio Estado Central e pelas forças de segurança”. 

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Liliana Oliveira
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