Exposição solar indevida e solários são as principais causas do cancro da pele

A exposição ao sol por largos períodos de tempo, sem a devida precaução, e a utilização de solários são duas das principais causas para o melanoma, o tipo de cancro da pele mais perigoso, informou à RUM a diretora do serviço de dermatologia do Hospital de Braga, Celestre Brito.

No programa ‘A Saúde Tem Voz‘, emitido este domingo, a especialista explicou que os sintomas para o melanoma “não causam dor”, tornando difícil o diagnóstico atempado. Com o diagnóstico precoce, 90% dos cancros da pele podem ser evitados mas para isso é preciso estar atento aos sinais e às manchas existentes no corpo.

“Às vezes, aquele sinal que nasceu connosco torna-se mais assimétrico muito rapidamente, no espaço de um ou dois meses”, esclareceu, revelando que muitos dos seus pacientes só se apercebem que têm um problema quando “aparece um gânglio na virilha ou nas axilas”, provocado por um melanoma que surgiu “na planta do pé ou no couro cabeludo”, sítios menos vísiveis do corpo.

Para o aumento ou até o surgimento de novas manchas no corpo, muito contribuem a exposição solar indevida e os solários. Sobre os solários, Celeste Brito lamenta que ainda haja “uma crença popular que diz que o salário prepara para o verão”. 

“Isto é totalmente errado. Está provado que a radiação utilizada nas câmaras de solário é carcinógena e provoca envelhecimento cutâneo precoce. Os solários devem ser completamente evitados”, alertou.

Utilizar roupa escura, comer fruta e evitar o consumo de álcool são algumas práticas para evitar lesões na pele.

Sobre a exposição solar indevida, a dermatologista diz que, numa altura em que o cancro da pele está a aumentar e com o verão à porta, a precaução é mais do que recomendada.

“Além do protetor solar com proteção acima de 50, recomenda-se a utilização de vestuário absorvente da radiação, ou seja, roupa escura, e também o uso de óculos e chapéus de aba larga”, sugeriu.

Celeste Brito assinalou ainda que é pouco recomendável a presença de crianças com menos de três anos nas praias, deixando ainda alertas sobre o calor.

“É importante fazer-se ingestão de água e o consumo de frutas e legumes. Deve também evitar-se o consumo de bebidas álcoolicas porque promovem a perda de água. É ainda importante alertar que os banhos de mar e de piscina levam à desidratação e é recomendado passar o corpo por água doce”, aconselha.

Celeste Brito abordou ainda os escaldões, referindo que a pele tem memória e um escaldão, hoje, pode tornar-se num problema grave, amanhã.

“As queimaduras ficam porque a pele tem memória. É preciso estar alerta porque se essas manchas começam a ficar mais escuras é preciso ir a um dermatologista”, esclarece.

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Pedro Magalhães
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