Executivo da Junta de Ribeirão renuncia depois de assembleia chumbar orçamento

O executivo da Junta de Freguesia de Ribeirão, em Vila Nova de Famalicão, renunciou ao mandato, o que vai levar a eleições intercalares. Em causa o chumbo do orçamento para 2023 em Assembleia de Freguesia, que, segundo o presidente Leonel Rocha, eleito em 2021 pela coligação PSD/CDS, foi “a gota de água”.

O documento, aprovado por unanimidade na junta, incluindo pelos dois elementos do Juntos por Ribeirão – também apresentaram a demissão -, não passou na assembleia de 29 de dezembro, fruto dos votos contra dos cinco membros do mesmo movimento independente e de um do PS (o outro não esteve presente).

Ao contrário do que se sucede no executivo, em que “a coligação e o movimento se entendem na perfeição”, para Leonel Rocha, na assembleia, o Juntos por Ribeirão tem feito “uma oposição sem escrúpulos, que põe em causa o trabalho não só do presidente, mas do executivo, do qual faz parte”. O antigo vereador na Câmara de Famalicão explica que, na última sessão, os elementos da referida bancada “agiram de má-fé, tentando achincalhar sobre um assunto que tinha sido esclarecido”.

Na origem da polémica está uma verba de 27.500 euros para a colocação de um elevador na sede da junta, que estava no orçamento de 2022, mas que não foi executada e acabou por transitar para o ano seguinte. “O contabilista mudou o montante para 2023, mas não apagou do orçamento de 2022 [surgindo em duplicado]. Foi um erro, um lapso rapidamente corrigido, como está descrito em ata, mas que não prejudicava a freguesia em rigorosamente nada porque o dinheiro, não sendo gasto, tinha de aparecer”, refere.


Considerando que a oposição “não foi capaz de ouvir as explicações”, Leonel Rocha apelida o comportamento do movimento como “infantil”. Na mesma sessão, de acordo com o presidente, foi ainda “posta em causa a honra” do executivo, ao ser criticado pela colocação de sinal de trânsito num “caminho vicinal”, alegando “interesses obscuros”.


Sem orçamento, o executivo de Ribeirão vai agora entrar em gestão corrente, através do Fundo de Financiamento das Freguesias, até às eleições, que ainda não têm data marcada. Leonel Rocha garante que será recandidato porque “quer continuar a servir Ribeirão”.


A RUM tentou contactou os eleitos do movimento Juntos por Ribeirão na assembleia, que prometeu uma tomada de posição para as próximas horas. Já o PS ainda não se mostrou disponível para reagir.


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Tiago Barquinha
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