Executivo aprova por unanimidade descida do IMI em Braga em 2021

Os bracarenses vão pagar menos Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI), no próximo ano. A proposta foi levada
pela CDU e aprovada por todo o executivo, esta segunda-feira, na reunião de Câmara.
A proposta inicial era de uma descida de 5%, algo que a coligação PSD/CDS não viabilizaria, por representar um peso muito grande para os cofres municipais. O presidente da Câmara Municipal, Ricardo Rio, propôs, então, uma redução de 3%, aprovada por unanimidade. A taxa passa assim de 0,35% para 0,34%, representando uma descida de 0,1%. A CDU vê assim concretizada uma das suas propostas eleitorais.
Segundo o vereador da CDU, Carlos Almeida, a medida pretende ser uma ajuda para as famílias que viram a sua situação financeira agravar, fruto da pandemia.
“Não sendo o que desejávamos, corresponde à primeira redução ao IMI desde 2013. Em sete anos, a cobrança de IMI foi subindo por via da avaliação dos imóveis e, pela primeira vez, os cidadãos bracarenses vão poder ver uma redução substancial”, afirmou Carlos Almeida.
O Partido Socialista considera ter havido “teimosia do executivo”, perante uma proposta que “beneficia os bracarenses”. “Não são assim tão grandes os ganhos relativamente à proposta inicial da CDU. Lamentámos que não tenha sido aporvada na totalidade, porque os proveitos para o município eram de 1,2 milhões de euros, ou seja, tartar-se-ia de um esforço de 200 mil euros. Parece-me que era de considerar, ainda asism o presidente entende que não deveria ser esse o esforço máximo que o município devia ter”, apontou Artur Feio.
Ricardo Rio relembra que no seu primeiro mandato teve que “arcar com as consequências de uma decisão anterior”, para a qual contribuiu, “de um redução de 12,5%, bastante maior do que a aprovada hoje, e que representou um corte nas finanças municipiais que só produziu impacto em 2014”. O autarca frisa o “sacrifício” que a decisão representa para a Câmara, tendo em conta “a situação financeira do município, os encargos estruturais e a importância desta receita para financiar a actividade municipal”. Ainda assim, o executivo reconhece que “as dificuldades são partilhadas com muitos cidadãos e empresas” e, por isso, decidiu “mitigar esse sacrifício”.
