Estudantes pela Palestina voltam a exigir corte oficial de relações entre UMinho e Israel
Cerca de trinta estudantes da Universidade do Minho concentraram-se ao início da tarde desta quarta-feira, junto ao CP II do Campus de Gualtar, em Braga, para voltar a exigir um corte de relações formal da Universidade do Minho com qualquer instituição de Israel. Não é a primeira vez que o movimento se manifesta publicamente para alertar para o genocídio a que diariamente a população mundial assiste através da televisão. A concentração de hoje na UMinho repetiu-se em instituições de ensino superior públicas um pouco por todo o país.
A RUM voltou a acompanhar a ação destes estudantes que fizeram questão de ler um manifesto com um conjunto de considerações relacionadas com a guerra no Médio Oriente. O movimento continua a ganhar expressão e quem o integra garante que as ações vão continuar, isto depois de no ano letivo anterior o momento mais impactante ter passado por um acampamento de várias semanas no interior de um dos edifícios mais emblemáticos da UMinho, no Campus de Gualtar.
Teresa Amorim, organizadora da manifestação, explica à RUM que o movimento “está presente, está vivo e não esquece o que está a acontecer nem vai manter esta questão na invisibilidade”. “Queremos agregar pessoas e pressionar a universidade a não simplesmente assumir que o genocídio está a acontecer, toda a gente liga a televisão e consegue ver. O que queremos realmente é que coloquem a descoberto as parcerias que têm com centros de investigação israelitas e que em termos financeiros continuam a afundar este genocídio. Queremos que a UMinho corte relações com Israel”, vinca.
Também Bazima Silva, outro aluno da academia minhota que se junta ao movimento de Estudantes pela Palestina, assegura que o movimento vai “aumentar a onda de ações, agregar pessoas ao coletivo”, notando, por isso, que a concentração desta quarta-feira é “o início”.
*Com Marcelo Hermsdorf
