Estudantes estrangeiros da UMinho pedem ajuda alimentar ao Virar a Página
O Virar a Página alertou a Universidade do Minho de que alguns estudantes internacionais se encontram com dificuldades económicas, nomeadamente, ao nível alimentar. A informação foi revelada à RUM através da coordenadora do projeto, Helena Pina Vaz.
“Há estudantes, nomeadamente estrangeiros, que são aceites em mestrados e doutoramentos sem terem qualquer meio de subsistência. Penso que a universidade deveria começar a ter alguns mecanismos de garantia antes de oferecer as vagas, porque um jovem num país africano, por exemplo, onde a vida é difícil, se tiver uma oferta de uma formação destas num país europeu, nem pensa duas vezes que não tem dinheiro para comer, nem para alojamento, nem para pagar as propinas”, reitera Helena Pina Vaz.
A mentora do Virar a Página admite ser “difícil de compreender” como é que a cantina da universidade “não tem capacidade para dar algumas refeições a esses jovens”. “Tem de ser uma associação deste género, que não tem apoio nenhum, que tem de fazer isso?”, questiona.
A RUM falou com o reitor da academia minhota, Rui Vieira de Castro, para perceber o que está a ser feito do lado da universidade. “Tive, há tempos, um contacto de alguém próximo da associação e que me reportava um diagnóstico similar a esse. O meu pedido foi que os estudantes pudessem ser mobilizados para se dirigirem aos Serviços de Ação Social da Universidade (SASUM)”, explica.
Rui Vieira de Castro destaca o trabalho dos SASUM e assume que “é difícil, muitas vezes, os próprios estudantes reconhecerem as dificuldades em que se encontram”. “Os estudantes, nestas situações, podem contactar individualmente, por correio eletrónico, seja a administradora de ação social, seja a provedora do estudante, para exporem o seu caso e serem imediatamente apoiados”, acrescenta.
“Não podemos apoiar pessoas cujo quadro nós não conhecemos. Precisamos de ter informação concreta, as pessoas devem-se dirigir à universidade”, apela o reitor.
