Estimativa de impacto de 140 ME com o regresso da Fórmula 1 a Portugal é “otimista”

A opinião é do professor de Economia da Universidade do Minho e autor do livro ‘Economia dos Desportos Motorizados – o caso da Fórmula 1’ Paulo Reis Mourão.
Palavras de Paulo Reis Mourão

Os impactos com o regresso da Fórmula 1 a Portugal devem ser sempre vistos “numa lógica nacional”. A opinião é do professor de Economia da Universidade do Minho, Paulo Reis Mourão.

A Fórmula 1 confirmou oficialmente, esta terça-feira, o regresso do Grande Prémio de Portugal ao calendário para as temporadas de 2027 e 2028. Para o autor do livro ‘Economia dos Desportos Motorizados – o caso da Fórmula 1’, as estimativas de cerca de 140 milhões de euros de impacto económico avançados pelo Ministério da Economia são “otimistas”, sem avançar com números. “O impacto, quer a nível local, quer a nível regional, é algo muito ilusório”, refere.

Já o ministro da Economia, Manuel Castro Almeida, revelou, durante o anúncio do regresso da prova a Portugal, que os custos vão ser inferiores a 50 milhões de euros nos dois anos contratualizados com a entidade organizadora da prova, a Liberty Media, empresa que detém os direitos comerciais da Fórmula 1 desde 2017.

Em 2020 e 2021, com o cancelamento de diversas provas pelo mundo motivado pela epidemia de COVID-19, o Autódromo Internacional do Algarve, em Portimão, recebeu a prova da categoria. Antes, o Grande Prémio de Portugal foi realizado entre 1984 a 1996, no Autódromo do Estoril.

Apesar de considerar uma boa notícia para a economia, Paulo Reis Mourão sublinha que o investimento necessário para acolher esta prova deve traduzir-se em “melhores condições para os portugueses”. Para isso, acredita, empresários, investidores e também as agências públicas do setor devem estar unidos.

Os contratos entre as entidades promotoras e a categoria que antes chegavam aos sete, dez anos, “praticamente acabaram”, destaca. Os acordos são, agora, de curta duração, aponta, para “não só valorizar e atualizar as condições de um modo mais ágil e mais flexível”, como garantir uma “carteira de circuitos competitivos”.

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Marcelo Hermsdorf
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Jornalista na RUM

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