“Esta bolsa é um sonho tornado realidade”

A investigadora da UMinho, Ana João Rodrigues, conquistou uma bolsa de dois milhões de euros, atribuída pelo Conselho Europeu de Investigação, para um projecto de investigação que está a desenvolver desde 2013 em neurociências. 

Em declarações à RUM, a investigadora da Escola de Medicina explicou que o objectivo da sua equipa é “perceber de que forma o cérebro codifica e processa um estímulo positivo, ou que induz prazer, de um negativo, ou que induz aversão”. “Esta codificação é um pouco mais complexa do que achávamos. Os neurónios têm uma actividade diferencial quando estão a codificar o prazer da aversão e queremos perceber de que forma é que os neurónios transmitem esta informação para outras áreas cerebrais levando a um comportamento adequado por parte daquele indivíduo”, acrescentou.


Investigadora “orgulhosa” pelo reconhecimento internacional

Ana João Rodrigues diz que a bolsa atribuída pelo Conselho Europeu “é o sonho de qualquer cientista” e, por isso, para si, “um sonho tornado realidade”. “Deixa-me orgulhosa, porque mostra que a equipa tem desenvolvido trabalho de elevada qualidade e o esforço e dedicação de todos os membros foi agora premiado”, frisou. 


A investigadora do ICVS salientou ainda o facto de Portugal ser “um país periférico, onde ainda existe pouco investimento em ciência”, mas, mesmo assim, a equipa mostrou que no país se consegue “desenvolver investigação de qualidade, reconhecida a nível mundial”. “Conseguimos contribuir para a área das neurociências a nível europeu, o que é um orgulho”, disse ainda. 


Prémio de 2ME será para “comprar equipamento e desenvolver experiências científicas de excelência”

Os dois milhões de euros vão permitir “comprar equipamento e desenvolver experiências científicas de excelência”. “Muito do equipamento científico é extremamente caro e as experiência requerem investigadores com elevada qualidade e só com um financiamento destes é que desenvolvemos este tipo de trabalho e podemos contribuir ainda mais para as neurociências a nível europeu”, detalhou.

Neste momento, a equipa está a validar ferramentas para testar a hipótese de trabalho que já desenvolveu. 

“No final dos cinco anos vamos responder a muitas perguntas, mas muitas outras surgirão e é essa a beleza da ciência. É uma história que nunca acaba”, finalizou. 

Partilhe esta notícia
Liliana Oliveira
Liliana Oliveira

Deixa-nos uma mensagem

Deixa-nos uma mensagem
Prova que és humano e escreve RUM no campo acima para enviar.
Elisabete Apresentação
NO AR Elisabete Apresentação A seguir: Sérgio Xavier às 13:00
00:00 / 00:00
aaum aaumtv