Escolas Médicas estão a estudar a criação de uma carreira de docente clínico

As Escolas Médicas Portuguesas estão a estudar uma proposta, de modo a criar, a nível nacional uma carreira de docente clínico. A intenção foi revelada pelo presidente da unidade orgânica que esta segunda-feira celebrou o seu 23º aniversário.

Jorge Correia Pinto fala na necessidade de encontrar mecanismos que permitam compatibilizar as carreiras de médico e docente, visto que irá enriquecer ainda mais os currículos das instituições, para além de facilitar a integração destes profissionais nas academias médicas.

“É muito importante ter no nosso corpo docente, professores com exercício clínico ativo porque isso acresce em benefício da formação que providenciamos aos nossos estudantes, incluindo os pré-graduados. Nós temos alertado, no âmbito do Conselho das Escolas Médicas Portuguesas, para a necessidade de criar instrumentos que sejam interessantes e atrativos para que os profissionais tomem a opção de fazer a sua carreira em simbiose

entre a prática clínica e a academia”, revela.

No último ano, a Escola de Medicina foi a primeira opção de 87% dos estudantes. Já na PNA – Prova Nacional de Acesso – os alunos da casa continuam a conseguir lugares cimeiros.

No campo da internacionalização, destaque para o acolhimento de alunos da Western Michigan University. O que demonstra a aposta ganha em cursos de especialização que o presidente garante será para continuar.

No campo da investigação, serão anunciadas novas conquistas da Escola de Medicina, tudo indica ao nível de captação de financiamento internacional, muito em breve. 

Na UMinho, o reitor Rui Vieira de Castro deu a conhecer à comunidade o novo mecanismo interno que permite o adiantamento de verbas para que os projetos de investigação não fiquem em stand-by devido a questões burocráticas.

“Aquilo que nós estamos a dizer é que esse dinheiro mal entra na universidade será imediatamente disponibilizado para o projeto, para a equipa e unidade de investigação em que o projeto é desenvolvido”, afirma. Essa verba deverá ser prontamente executada.

A sessão que assinalou o 23º aniversário da Escola de Medicina incluiu um momento de homenagem aos recém-graduados em Medicina e Ciências da Saúde e a entrega de prémios anuais a membros da unidade orgânica que se evidenciaram pelo seu percurso, nomeadamente os investigadores Rélber Gonçalves, André Miranda e Torcato Meira, a docente Margarida Correia Neves e o técnico Domingos Dias.

Este mês, serão ainda assinalados os 20 anos do Núcleo de Estudantes de Medicina da Universidade do Minho que na próxima semana irá inaugurar a tão aguardada sala de convívio.