Escola de Psicologia e de Engenharia preparam licenciatura conjunta

A Escola de Psicologia (EPsi) da Universidade do Minho está a preparar a abertura de uma licenciatura em parceria com a Escola de Engenharia. O anúncio foi feito pelo presidente da EPsi, Pedro Rosário, esta quarta-feira, na cerimónia do 16.º aniversário desta unidade orgânica.

“Estamos a estudar o processo, mas vai ser algo interessante. Terá a cognição humana e também a ideia dos algoritmos, da inteligência artificial”, afirmou o docente.

O objetivo desta nova área de formação é aliar a Psicologia aos desafios na área da tecnologia. “Será algo muito inovador na área, quer para a Engenharia, porque precisa da Psicologia e, obviamente, para a Psicologia, que não tem tipicamente a componente mais estratégica, da área das tecnologias. É uma boa combinação”, acrescentou.

A expansão da oferta formativa já havia sido anunciada por Pedro Rosário, na tomada de posse como presidente da Escola de Psicologia. No horizonte continua a estar o desejo de avançar com uma licenciatura em Psicologia, mas em regime pós-laboral. “Não há uma oferta pós-laboral no domínio público no Norte e, portanto, nós queremos ser pioneiros nessa ideia”, apontou. Quanto aos mestrados, deverá avançar, em breve, um na área da Psicologia, mas lecionado em língua inglesa, que permitirá chegar ao público internacional.

A Escola de Psicologia quer aproximar-se, cada vez mais, da sociedade e, no sentido de simplificar a investigação realizada, tem apostado na realização de podcasts e vídeos. “Fazemos investigação de grande qualidade e um dos problemas é que quem atesta essa qualidade são pares que analisam dados muito complexos. O psicólogo escolar, o psicólogo clínico, as pessoas que trabalham nas prisões acabam por não ter esse retorno, no sentido em que não entendem”, disse Pedro Rosário. O objetivo da Ciência Aberta é transferir e traduzir “dados mais complexos”, que possam “ser utilizados de uma maneira mais corrente pelas pessoas que estão no terreno”.

O presidente enaltece ainda o reconhecimento da “qualidade da investigação” realizada na Escola, mas também “na sua tradução para a prática”. Empenhada em procurar respostas e soluções para “questões de grande relevo societal”, a EPsi destaca-se também pela “ligação à docência”. “A investigação alimenta a docência e a docência alimenta a investigação e esta relação tem uma consequência muito importante para a prática. Isto é o que caracteriza a escola e a torna ágil”, destacou.

“A EPsi é um farol para a Psicologia em Portugal”, denotou o presidente, no discurso que proferiu na sessão solene do aniversário.

Joana Aguiar e Silva, vice-reitora da UMinho, não esconde “o orgulho enorme na Escola de Psicologia”, que considera “uma componente fundamental de toda a Universidade”. “A Escola de Psicologia dá um contributo fundamental, faz parte desta Universidade completa, presta um serviço inestimável, não apenas à comunidade académica, ao nível da formação de profissionais de excelência, mas também ao nível do apoio que presta às populações”, frisou. Joana Aguiar e Silva destacou ainda o papel da Associação de Psicologia – APSI -, que “presta um serviço extraordinário no combate à exclusão, ao isolamento, à violência e ao assédio”.

No dia em que se assinalaram os 16 anos desta unidade orgânica, foram entregues rémios escolares a estudantes e de reconhecimento de 25 anos de trabalho a docentes, investigadores e técnicos, administrativos e de gestão.

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Liliana Oliveira
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Carolina Damas
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