EPsi prepara-se para reformular doutoramentos e volta a pedir recursos humanos  

Depois da reformulação dos mestrados integrados, a Escola de Psicologia da Universidade do Minho (EPsi) prepara-se para avançar com um único doutoramento que irá substituir os dois em funcionamento. A informação foi avançada pelo presidente, Miguel Gonçalves, durante o discurso na cerimónia do 13º aniversário da unidade orgânica.

De acordo com o responsável, a escola passará a disponibilizar um douramento em Psicologia, em vez de oferta do terceiro ciclo em Psicologia Aplicada e Básica, com ramos de especialidade em domínios mais próximos da atividade de investigação do centro da EPsi, nomeadamente, “neurociências psicológicas, da psicologia clínica, da justiça e da educação”.

Com o fim dos mestrados integrados a Escola de Psicologia teve de reestruturar as suas ofertas ao nível do segundo ciclo. Oferta essa que consideram de sucesso, visto que as vagas de cinco dos seis mestrados foram preenchidas na totalidade. A escola irá proporcionar a todos os alunos estágios em cada um dos mestrados. Outra das conquistas destacadas por Miguel Gonçalves passa pelo aumento do número de estudantes, mais 29, num total de 654, sendo que no próximo ano letivo a previsão é que cheguem mais 25.

Um desafio particularmente “estimulante e de grande complexidade” para a escola está relacionado com o potencial crescimento da cooperação no consórcio UNorte que junta a UMinho às universidades do Porto e Trás-os-Montes e Alto Douro. O presidente adianta que espera que o ano de 2022/23 traga formas mais “estreitas de interação e colaboração”, sendo que poderá estar para breve um curso em associação.

Miguel Gonçalves, assim como já havia feito no discurso de tomada de posse, voltou a alertar o reitor da academia minhota para a falta de recursos humanos, mais concretamente de docentes e técnicos, administrativos e de gestão. Atualmente estão em falta oito professores. A abertura de concursos está prevista ao longo deste ano, uma vez que a situação “não é comportável”.

No que toca à investigação, o presidente apela à criação de um Gabinete de Apoio a Candidaturas Europeias que deverá ser central, de modo a diminuir a dependência dos centros da instituição minhota da FCT – Fundação para a Ciência e Tecnologia. Uma ideia que o reitor da UMinho, Rui Vieira de Castro, garante já estar a ser “trabalhada”. O responsável máximo da academia minhota frisa que recentemente a Unidade de Serviços de Apoio a Projetos de Investigação teve um reforço ao nível dos recursos humanos, para assim aumentar a capacidade de resposta do mesmo.

Reitor volta a conversar com comunidade académica sobre problemas da UMinho.

A partir de maio, o reitor da academia minhota vai fazer um périplo pelas várias unidades orgânicas com o intuito de auscultar docentes, investigadores, técnicos, administrativos e de gestão e alunos sobre o quadro de dificuldades e oportunidades da instituição. Em cima da mesa deverão estar temas como: o financiamento da UMinho, relações contratuais dos investigadores, caraterísticas do corpo docente e necessária qualificação, formação e progressão na carreira dos técnicos, funcionamento da instituição, entre outros.

A primeira sessão está agendada para 4 de maio, no auditório multimédia da EPsi, pelas 16h00.

Durante o discurso o reitor deixou claro que o momento é de incerteza, devido à guerra no leste da Europa, contudo tal não pode levar à “paralisia”.

Rui Vieira de Castro declara que “apesar de posições que têm curso na comunidade e que (a meu ver) ultrapassam os limites da divergência democrática e se traduzem em falsas insinuações e meias verdades que objetivamente prejudicam a universidade, apesar disso, continuaremos (equipa reitoral) a fazer o nosso caminho”, uma vez que a estratégia para fazer face a este momento de incerteza está definida no Plano de Ação aprovado pelo Conselho Geral.