Entre CCVF, Casa das Artes, Theatro Circo e Gil Vicente há colaboração em vez de competição

Os diretores artísticos das quatro principais salas de espetáculo de Braga, Guimarães, Famalicão e Barcelos estão a preparar novos projetos conjuntos, fruto de uma relação cada vez mais próxima entre as partes. O espírito é mais de colaboração e não de competição, com espaço para todos.

A RUM juntou os programadores do CCVF, Casa das Artes, Theatro Circo e Theatro Gil Vicente para uma conversa sobre o trabalho desenvolvido no território apontando caminhos futuros. O mote foi o aniversário da RUM e a importância da comunicação do que acontece nestes espaços, realçando as potencialidades a explorar no quadrilátero cultural. Os agentes falam em “sintonia” e “diálogo” em que a colaboração ganha à dimensão competitiva das principais salas de espetáculo das cidades de Guimarães, Famalicão, Braga e Barcelos.

Notando que o tecido urbano é dos maiores do país, Luís Fernandes, programador do Theatro Circo, assume que os quatro programadores estão “alinhados” e a preparar novidades. O responsável considera que “é mesmo importante, para beneficiar da fixação de artistas, do aumento de públicos e da mobilidade de públicos dentro da região, que exista uma relação direta, franca, que não anulando a especificidade de cada teatro, que a potencie e que melhore o território”. “Acho que nisso estamos totalmente alinhados, e para além disso há já projetos em andamento, que a seu tempo poderão ser revelados, e que afirmam isso de uma forma muito concreta”, afiança.

Álvaro Santos, da Casa das Artes de Famalicão admite também que se trata de uma realidade “particular” quando agentes culturais de diferentes concelhos falam com frequência sobre o que está a acontecer. Antecipando vários projetos em conjunto “para o futuro”, mas sem nunca desvendar pormenores, o programador assume que “um dos elementos que diferenciam [os agentes] é que individualmente queremos conversar e estar”. “Estamos muito mais preocupados em fazer programação e não tanto com questões de autoria”, completa.

Rui Torrinha, programador do CCVF realça que “é absolutamente claro” para os quatro que “estes tempos são de mudança de paradigma, da competição para a colaboração”. “Aquilo que é uma direção  artística de um teatro é uma programação de servir, de observação, de responsabilidade de pensamento e isso implica que nós aprendamos uns com os outros. Não é só a articulação de agenda, isso é o menos, é a consequência, o fim da linha. É muito mais esta ideia muito ambiciosa de aprendermos uns com os outros e de percebermos o que é que em conjunto podemos fazer, mas também o quão podemos ser originais, cada um na sua forma de operar. Portanto, essa questão do diálogo é cada vez mais uma felicidade para nós”, considera.

Luís Ferreira, do Theatro Gil Vicente nota que se trata de “cumplicidade e partilha” com uma comunicação regular e sugestões entre as partes. “Todo este trabalho acontece em todas as esferas, na criação, produção e na circulação. Nunca é olhado do ponto de vista de copiar uma programação, de competir, mas muito de colaborar”, acrescenta.

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Elsa Moura
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