Entre 50 a 80% das pessoas com dor crónica sofrem de distúrbios de sono 

Hoje assinala-se o Dia Mundial do Sono. Um dos principais responsáveis pela falta de descanso dos portugueses é a dor crónica. Nesta data, a Universitária conversou com o vice-presidente da Associação Portuguesa para o Estudo da Dor, que nos indica que entre 50 a 80% das pessoas com dor crónica sofre de distúrbios de sono, sendo a insónia, síndrome das pernas inquietas e apneia obstrutiva do sono os mais frequentes.

O que se entende por dor crónica?

O Dr. Filipe Antunes esclarece, aos microfones da RUM, que a dor crónica carateriza-se pelo facto desta se perpetuar ao longo do tempo. Tipicamente, as zonas mais afetadas são as costas, em especial a lombar, joelhos, anca e ombros. Habitualmente, é a população mais idosa quem sofre destes problemas.

A prevenção acaba por ser a palavra-chave. O coordenador da Unidade de dor do Hospital de Braga recomenda hábitos de vida saudáveis, nomeadamente atividade física de modo a evitar o excesso de peso. Para as pessoas que ficam oito horas por dia sentadas é essencial que tenham condições ergonómicas no seu posto de trabalho. “Cadeiras com apoio nas costas e antebraços”, são formas de prevenir situações graves.

Ansiedade e depressão são os ingredientes perfeitos para um “cocktail explosivo”.

A má qualidade de sono, principalmente em tempos de pandemia, está ligada ao aumento da ansiedade, dor e depressão. 

Para uma boa “higiene de sono”, os cidadãos devem optar por uma “vida regrada” e “rotinas de horários de sono”. Neste capítulo, os “estímulos visuais e sonoros” desempenham um papel importantíssimo. Filipe Antunes recomenda que não sejam “prolongados” ao longo do dia. Não devemos assistir a um filme ou série a “más horas”. “Como diz o ditado, deitar cedo e cedo erguer dá saúde e faz crescer”, conclui.

Outras sugestões.

Deve utilizar colchões e almofadas de densidade adequada, praticar técnicas de relaxamento e evitar ou diminuir o consumo de cafeína e álcool.