AAUMinho preocupada com exclusão de jovens do ensino superior por falta de financiamento do Governo

O presidente da Associação Acdémica da Universidade do Minho considera preocupante que milhares de estudantes sejam impedidos de prosseguir os estudos devido à falta de investimento do Governo no ensino superior.
A primeira fase de candidaturas terminou esta terça-feira, 9 de agosto, e uma vez mais existe um número superior de candidaturas, mais de 61 mil, para 53 mil vagas.
O CRUP – Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas – já anunciou a sua posição contra a abertura de vagas extraordinárias no próximo ano letivo. Em causa estão questões financeiras.
Preocupado com esta situação, Duarte Lopes fala em contrassenso, visto que o Governo está a impedir as suas próprias metas. Recorde-se que até 2030, o executivo liderado por António Costa pretende que seis em cada dez jovens frequentem o ensino superior.
“O posicionamento da parte do CRUP, por motivos financeiros, é ainda mais grave pois significa que estamos perante a possibilidade de excluir pessoas do ensino superior única e exclusivamente porque o Governo não está a alocar mais verbas ao ensino superior. É necessário que haja vagas para os jovens que querem prosseguir a sua formação”, defende o líder estudantil.
Neste momento, as verbas do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) só chegam para cerca de 12 mil novas camas. A residência proposta pelo Município de Guimarães, no Avepark, mais direcionada para investigadores, é uma das que não tem verbas alocadas apesar de aprovada.
O presidente da AAUMinho teme que ainda não seja desta que o Plano Nacional de Alojamento do Ensino Superior (PNAES), que prevê a criação de mais 15 mil novas camas até 2026, seja cumprido.
