Enfermeiros do Hosp. de Braga devem desconvocar greve de 30 de Junho

O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses no Minho foi esta manhã notificado para uma reunião na DGERT para assinatura do acordo que coloca os 168 enfermeiros do Hospital de Braga na 1ª posição remuneratória da tabela. A reunião está agendada para 17 de Junho às 11h00.
Nelson Pinto, do Sindicato, revelou à RUM que “falta saber se estará no documento a cláusula que o sindicato quer ver cumprido, de pagamento de retroactivos a Setembro de 2019. Caso se confirme, a greve será cancelada”, anuncia. O Sindicato acredita que a convocação da greve levou o Governo a agir “finalmente” e corrigir um erro que começou em Setembro com o fim da PPP e início da E.P.E.
168 profissionais continuam à espera da actualização salarial. As conversações foram acontecendo e do lado da Administração chegou a promessa de que até finais de 2019 a situação daqueles enfermeiros seria actualizada, o que não aconteceu.
O sindicalista afirma à RUM que depois do recurso a todos os meios não restava outra opção. “Esgotamos todas as nossas possibilidades. Já tivemos várias intervenções escritas junto do Conselho de Administração, da Ministra da Saúde, do Secretário de Estado da Saúde, do Presidente da República e do Primeiro Ministro”, refere. O sindicalista alerta que o problema de Setembro até agora se “agravou” uma vez que o Hospital de Braga “é o único do Minho que ainda não pagou o descongelamento de progressões aos enfermeiros”, com efeitos retroactivos a 1 de Janeiro de 2019.
Os profissionais (168) auferem 1060 euros de ordenado base, mas os enfermeiros que foram admitidos a partir de Setembro já têm o ordenado base rectificado. “Temos pessoas com mais experiência a integrar outros com o ordenado base já rectificado. Alguns deles acabaram de sair da escola, e têm direito ao seu posto de trabalho, mas neste momento temos pessoas com mais experiência a integrar outros, mas com um valor base inferior”, critica.
Há um mês a administração do Hospital de Braga garantiu que iria regularizar a situação, o que não aconteceu. Nelson Pinto condena sobretudo a “inoperância do Ministério da Saúde”.
“Foi por inoperência do próprio ministério, isso é inadmissível. É tempo a mais e os enfermeiros não estão para aguentar isto”, conclui.
