ENDA. Lista A quer estudantes minhotos valorizados; Lista M acusa AAUMinho de querer “protagonismo”

A participação ou não da Associação Académica da Universidade do Minho no Encontro Nacional de Direções Associativas (ENDA) divide as duas candidatas à direção.

Os atuais dirigentes da AAUMinho não se revêm no modelo de votação do ENDA por considerarem que os estudantes que representam estão a ser desvalorizados comparativamente aos representados pelas federações académicas e, por isso, abandonaram o órgão, em junho.

Inês Castro, da lista M, acusa a atual direção da Associação Académica de “falta de proximidade” por não ter discutido, previamente, a tomada de posição com os estudantes minhotos. “É uma decisão em que é importante ter a opinião dos estudantes”, reforçou. Do lado da lista A, Margarida Isaías aponta contornos inesperados e garante que os temas debatidos neste órgão vão continuar a ser discutidos.

As posições foram partilhadas no debate promovido pela RUM, esta quarta-feira, entre as duas candidatas.

Inês Castro acusa a Associação Académica de querer “protagonismo” com a saída do ENDA. “Vemos uma consequência negativa, porque se o ENDA acabar, vemos a discussão a ser fechada a associações mais pequenas. Sendo o ENDA um espaço que fomenta a unidade não vejo o porquê de a AAUMinho querer sair de um espaço tão valioso”, afirmou a candidata da lista M.

Se for eleita, Margarida Isaías vai levar o tema a RGA. Ainda assim, a candidata da lista A reafirma que “se um estudante da UMinho representa menos para este órgão que um outro estudante, então não faz sentido estar no ENDA”. A candidata considera que a discussão em RGA não faria sentido até agora, porque foi discutida no ENDA a alteração do modelo de votação, que teve “contornos inesperados”. Segundo Margarida Isaías, abandonar o ENDA “não significa que não se continuem a discutir os temas”, mas terão que ser “encontrados modelos alternativos”. “A lista A irá discutir com as diferentes associações e federações académicas e levar as suas posições aos órgãos de Governo”, acrescentou.

A proximidade aos estudantes também não gera consenso entre as listas candidatas. A lista M acusa a atual direção de não estar próxima dos alunos. Margarida Isaías, atual presidente- adjunta interna, nega as acusações, embora admita que “há sempre um trabalho que deve ser feito para melhorar esta proximidade”.

“Temos vindo a trabalhar no sentido de nos aproximar dos estudantes, através dos núcleos, dos grupos culturais e outras secções, mas mesmo enquanto lista temos divulgado o projeto, temos estado nos campi, a auscultar os estudantes, partilhamos os elementos que fazem parte da equipa. Tu não partilhaste a tua lista e não vejo a tua presença nos diferentes campi”, apontou.

Inês Castro considera que este “afastamento é visível através da baixa comparência dos estudantes em RGA ou da elevada abstenção”, neste ato eleitoral. Para a estudante de Línguas e Literaturas Europeias, dizer o contrário “é algo negacionista”. “É necessário unir os estudantes através de um contacto diário e próximo e não só em campanha. Há muita coisa que falta”, apontou.

A candidata da lista M explicou ainda que os rostos que compõem a sua lista serão divulgados em breve e que são pessoas que “não sendo dirigentes, têm conhecimento do que é a realidade dos estudantes”. “Quem nos tem representado, na realidade não nos tem vindo a representar”, criticou.

Declarações de Margarida Isaías, da lista A, e Inês Castro, da lista M, candidatas à direção da Associação Académica da Universidade do Minho, que estiveram frente a frente, num debate moderado pela rum, que já pode ser ouvido em podcast. As eleições são terça-feira.

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Liliana Oliveira
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