Emanuel Silva “magoado” por não ser ‘porta-estandarte’ nos Olímpicos de Tóquio

É com os sentimentos de “mágoa” e “angústia” que Emanuel Silva comenta a escolha de Nélson Évora para ‘porta-estandarte’ nacional nos Jogos Olímpicos de Tóquio.
O canoísta bracarense de 35 anos deixou ontem críticas, nas suas redes sociais, à escolha do Comité Olímpico por Nélson Évora, apelando à transparência de critérios que levaram à eleição. Hoje, à margem de uma cerimónia na Câmara de Braga, reforçou o incómodo, assumindo que esperava ser o eleito para segurar a bandeira nacional na abertura da cerimónia olímpica.
“Não tenho nada contra o Nélson, muito pelo contrário, mas quero saber quais os critérios porque estava absolutamente convicto de que iria ser eu, devido aos resultados que tive até hoje. É uma mágoa e uma angústia mas não é isso que vai afetar o meu rendimento em Tóquio”, reconheceu o atleta que vai para a quinta participação olímpica consecutiva, tendo vencido a medalha de prata em K2 1000 metros, em Londres 2012.
Emanuel Silva vincou que os 92 atletas que compõem a comitiva nacional “desconhecem os critérios” para os ‘porta-estandartes’ – do lado feminino será Telma Monteiro -, assinalando que os critérios deviam ser “públicos” para “criar bom clima”.
Os Jogos Olímpicos 2021, em Tóquio, decorrem entre 23 de julho e 8 de agosto.
