Em Braga existem 197 cuidadores informais registados na Seg. Social

À margem do Dia Mundial do Cuidador no Hospital de Braga, esta terça-feira, a presidente da Associação de Cuidadores Familiares e Amigos de Braga (ACFAB), Daniela Oliveira, revelou que, desde que a nova direção tomou posse, no ano passado, que se encontra a trabalhar no sentido de perceber o número real de cuidadores informais na cidade dos arcebispos. De momento, encontram-se registados na Segurança Social de Braga 197, mas estima-se que o número real seja superior.

Daniela Oliveira explica que “a maioria dos cuidadores são familiares, também na sua maioria mulheres”. Citando um estudo do movimento Cuidar de Quem Cuida realizado no período da pandemia em 2021, a presidente da ACFAB referiu que, com base nos mais de mil participantes, “54% dos cuidadores é ativo, ou seja, está a trabalhar; 20% está desempregado e os outros 20% está reformado”.

A presidente da ACFAB relembra que o município de Braga dispõe de respostas de apoio a quem necessitar, mas a informação é pouco partilhada na sociedade civil. “O município tem respostas, como pequenas obras em casa para preparar os espaços”, exemplifica.

Protocolo de colaboração entre a ULS de Braga e a ACFAB


A ULS Braga celebrou, esta terça-feira, o Dia Mundial do Cuidador. Nesse evento foi assinado um protocolo de colaboração entre a ULS de Braga e a Associação de Cuidadores, Familiares e Amigos de Braga. Este acordo reforça o compromisso de ambas as instituições no desenvolvimento de iniciativas que visam a capacitação dos cuidadores informais, a promoção dos seus direitos e o apoio à saúde e bem-estar destes cuidadores.

A enfermeira adjunta da ULS de Braga, Elisabete Dias Pinheiro, destacou o impacto crescente destes cuidadores no atual contexto demográfico e social. “O papel do cuidador informal, que são, geralmente, familiares ou amigos que cuidam de pessoas com necessidades de apoio prolongado, é cada vez mais relevante. Com o envelhecimento da população e a prevalência crescente de doenças crónicas, o cuidador informal tornou-se fundamental para o suporte social e emocional de muitas pessoas, especialmente no contexto português, onde as respostas sociais escasseiam”, esclarece. 

Elisabete Pinheiro salientou ainda os desafios que os cuidadores informais enfrentam, como o stress emocional e a exaustão física, muitas vezes aliados a dificuldades em conciliar a vida profissional e familiar, fatores que aumentam o risco de burnout e problemas de saúde.

A enfermeira apelou a um reforço do apoio aos cuidadores, enfatizando a necessidade de mais formação, redes de suporte e descanso, além de apoio financeiro e psicológico: “Reconhecer e valorizar o papel do cuidador informal é essencial para melhorar a sustentabilidade deste modelo de cuidado e a qualidade de vida de todos os envolvidos”, conclui.

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Maria Carvalho
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