EEG está a estudar a redefinição da sua identidade

Aos 42 anos, a Escola de Economia e Gestão (EEG) está a estudar a adoção de um novo nome. A intenção foi partilhada pelo presidente da unidade orgânica, Luís Aguiar-Conraria, durante o discurso de abertura da cerimónia que contou com a presença de Paulo Portas.
2024 será também o ano da EEG rever os seus estatutos e tentar alcançar a classificação de ´excelente` na avaliação da FCT ao Núcleo de Investigação em Políticas Económicas e Empresariais (NIPE), neste momento com ´muito bom`.
O presidente explica que esta redefinição da identidade da escola trata-se de uma forma de tentar refletir os seus “três pilares científicos”, são eles: economia, gestão e ciência política.
“Vamos fazer uma consulta de mercado para ver quais os nomes mais adequados, em português ou em inglês”, demonstrando uma atenção especial à internacionalização da unidade orgânica.
Este é mais um dos passos no sentido de conseguir as apelidadas “três joias da coroa” no que toca à acreditação de cursos a nível internacional. Uma das áreas importantes é a da sustentabilidade. O responsável avança que, até ao final do ano, a sua equipa irá trabalhar num “road map”, no sentido de criar mais e melhores condições na escola, nomeadamente, tornar os edifícios mais eficazes em termos de climatização.
Reitor da UMinho aponta a uma maior aposta na formação em Administração Pública
O reitor da UMinho, Rui Vieira de Castro, aproveitou o momento para deixar alguns desafios no que toca ao futuro da formação da EEG. Para o responsável máximo da academia minhota, o caminho passará por uma maior aposta na área de Administração Pública. “Há um movimento muito grande de qualificação e de requalificação dos quadros da Administração Pública e a escola não poderia desperdiçar”, esta oportunidade na ótica do reitor.
Outra das sugestões passa por um reforço dos cursos não conferentes de grau, no âmbito da Aliança de Pós-Graduações da UMinho e aumento de doutoramentos.
Em resposta, aos microfones da RUM, o presidente diz estar aberto às sugestões do reitor, porém, alerta para o facto de, em Portugal, existirem “doutoramentos a mais” em algumas das áreas que a escola oferece, ou seja, “há alunos a menos para os doutoramentos que existem. Não me parece que seja fácil, mas vamos analisar”, conclui.
Paulo Portas foi o palestrante convidado da sessão
“Os 50 anos do 25 de Abril: as mudanças do mundo e os seus impactos na definição estratégica de Portugal” foi o tema abordado pelo palestrante convidado, Paulo Portas, que fez uma análise histórica do país e do mundo, mais concretamente, a expansão da China.
Em declarações à RUM apontou, sobretudo, para a premência de um maior investimento no conhecimento. “A educação superior é uma oportunidade extraordinária, porque é a melhor oportunidade para criar condições de mobilidade social. Por isso, é que eu não sou a favor de sistemas pouco exigentes na avaliação. Eu acho que chegar a boas universidades, como é o caso da Universidade do Minho, e a escolas competitivas, como é o caso da Escola de Economia e Gestão, com crescente reconhecimento tanto nacional como internacional, permite a alavanca para poder realizar projetos de vida”, refere.
A cerimónia ficou marcada também pelo reconhecimento a membros da unidade orgânica e entrega de prémios de mérito escolar, bem como do Prémio de Ensino e do Prémio de Investigação da EEG.
