“É preciso criar um novo modelo de financiamento para o desenvolvimento de políticas mais sustentáveis”

O presidente da Câmara de Braga, Ricardo Rio, diz que “é preciso criar um novo modelo de financiamento, que crie o acesso aos recursos necessários para o desenvolvimento de políticas mais sustentáveis”. Braga recebeu a 5.ª reunião da secção dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), no dia em que Portugal se destaca ao ser o primeiro País a assinalar o Dia Nacional da Sustentabilidade.
O atraso na concretização dos ODS e a necessidade de acelerar os compromissos foram aspetos sublinhados pelo autarca bracarense e por Vítor Aleixo, presidente da mesa da secção de Municípios.
Rio defendeu ainda que “um dos caminhos para acelerar a concretização é a localização dos ODS, ou seja, é criar condições para que em cada um dos países, autoridades locais e regionais, haja, cada vez mais, capacidade para poder fazer o trabalho que ajude à concretização dos ODS”. O autarca social democrata considera ainda que falta “algum alinhamento mais estrutural entre os diversos órgãos”. “Braga está incluída numa nova rede sobre as metodologias de governança dos ODS à escala europeia, que no fundo também acaba por ser um canal de partilha, de conhecimento e de disseminação desses objetivos”, acrescentou.
Ricardo Rio destacou ainda “o papel de colaboração e articulação que com as estruturas universitárias”.
“Braga tem sido de facto um município muito comprometido com os ODS, temos cerca de 70% do orçamento municipal alinhado com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, apresentamos o relatório voluntário local nas Nações Unidas, já estamos a fazer a sua revisão para uma segunda submissão até o final deste ano, temos um plano estratégico para o desenvolvimento sustentável, que resultou criação do Conselho Municipal para o Desenvolvimento Sustentável, que terá agora no mês de outubro a sua primeira reunião”, detalhou. O presidente da autarquia defende a necessidade de promover um trabalho articulado, que mobilize a sociedade civil, para atingir resultados.
Vítor Aleixo, presidente da mesa da secção de Municípios para os ODS, adiantou que “as pequenas e médias empresas estão aquém daquilo que seria expectável nesta altura”. Em sentido inverso, “as maiores empresas do país estão a levar muito a sério as metas e os 17 ODS, da agenda 2030 das Nações Unidas”. “Estamos no caminho, mas o objetivo é fazer, até ao final de 2030, desta a década de ação para os ODS”, finalizou.
